Uberaba reage e organiza encontro para defender planta de amônia

Fonte: Gisele Barcelos/Jornal da Manhã

Movimento Mineiro em favor dos investimentos da Petrobras organiza encontro com lideranças políticas em Belo Horizonte na segunda quinzena de junho. Devido à ligação com Minas Gerais, os ministros da Agricultura, Antônio Andrade (PMDB), e o do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), serão convidados para o evento destinado à defesa da implantação da planta de amônia em Uberaba.

O prefeito Paulo Piau (PMDB) destaca que as articulações estão em andamento com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para fortalecer o movimento e dar início aos preparativos do encontro. A agenda está prevista entre os dias 15 e 30 de junho.

Além do convite aos dois ministros mineiros e à direção da Petrobras, o evento deverá contar com a presença dos deputados estaduais, dos representantes da bancada mineira no Congresso Nacional, representantes de entidades classistas no Estado e também equipe do governo estadual. A proposta surgiu como reação à empreitada paulista que tenta levar a fábrica de amônia para Ribeirão Preto (SP). “O objetivo é justamente Minas dizer para São Paulo: ‘Esse projeto é nosso!’. Minas não vai aceitar esse tipo de mobilização. Uberaba tem o maior polo de produção de fertilizantes da América Latina. É aqui que a planta tem de ser estabelecida, não do outro lado do rio Grande”, argumenta.

As articulações paulistas em torno da fábrica de amônia começaram em 2010, por meio do vereador de Ribeirão Preto, Maurílio Romano (PP). O parlamentar enviou correspondência à presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e ao então ministro da Agricultura, Wagner Rossi, pedindo a inclusão da cidade paulista nos estudos voltados para a construção de Unidade de Fertilizantes Nitrogenados V. Um dos argumentos utilizados seria o fato de o gasoduto passar por Ribeirão antes de chegar ao Triângulo Mineiro.

Segundo Piau, Minas Gerais recebe apenas aproximadamente 2% da bolsa de investimentos da Petrobras hoje e há o interesse de aumentar esse percentual. “Minas está ficando para trás. Além da refinaria Gabriel Passos em Belo Horizonte, a fábrica e o gasoduto são os projetos mais expressivos da estatal para o Estado. A presidente tem que saber que temos interesse máximo nesse empreendimento”, reforça.