Ministério Público do Trabalho e juízes contestam reforma trabalhista de Bolsonaro



A Folha de São Paulo divulgou matéria, recentemente, informando que os procuradores e juízes do Trabalho não concordam com a nova proposta de Reforma Trabalhista do governo de Jair Bolsonaro, e  acusam o projeto de ferir a Constituição Federal. O texto está pronto para análise da Câmara e deve ser votado em agosto.

Eles garantiram que se for aprovada no plenário da Câmara a flexibilização das normas de trabalho, essa nova legislação trabalhista, poderá parar na Justiça. Já que, o governo aproveitou uma medida provisória que já estava  em tramitação no Congresso para incorporar uma reestrutura em regras trabalhistas. 

O procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, disse que se a proposta não for alterada pelo parlamentares, irá questionar na Justiça a flexibilização das normas. “Vários dispositivos aqui são inconstitucionais. Até a própria forma que está sendo feita, num projeto de conversão [em lei] numa medida provisória, ofende a convenção da OIT [Organização Internacional do Trabalho, para que as alterações trabalhistas sejam feitas com amplo debate sobre público]. Até isso pode ser atacado”.

Originalmente enviada pelo governo para aliviar leis para pequenos negócios e startups, por exemplos, a medida provisória de MP da Liberdade Econômica foi alterada pelo relator, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS0, em acordo com a equipe econômica o que poderá trazer sérias consequências para todos os trabalhadores brasileiros.

Fim da CIPA – Além da ilegalidade da formo como a medida está sendo conduzida no poder Legislativo, a proposta acaba com a obrigação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), formada por funcionários da empresa, em empresas ou locais de trabalho com menos de 20 funcionários. Fleury lembrou que o Brasil ocupa a quarta posição no ranking de países com mais acidentes de trabalho no mundo e que a iniciativa irá aumentar o volume de mortes e aposentadorias por invalidez.

Mais flexibilização – além disso, o projeto permite que trabalho aos domingos e feriados sem remuneração extra, desde que tenham uma folga em outro dia da semana. O texto a ser analisado ainda pela Câmara, ainda, prevê a diminuição do poder de fiscalização dos órgãos de fiscalização de Estado sobre as empresas. Em alguns casos, o fiscal de trabalho só poderá, de acordo com a proposta, multar a empresa em uma segunda visita, a primeira seria educativa. Para quem receber mais de 30 salários mínimos (cerca de R$ 30 mil), não será aplicada, pelo projeto, a legislação trabalhista.

fonte: Com informações da Folha de São Paulo


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