CPI quer mais informações sobre detonações perto de barragem


Deputados que integram a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais que investiga o rompimento da barragem de Brumadinho, aprovaram uma série de requerimentos nesta semana para aprofundar as investigações sobre detonações de explosivospróximas à barragem da mina Córrego do Feijão.
Há suspeitas de que essas explosões poderiam ter impactado no comprometimento da estrutura que entrou em colapso no dia 25 de janeiro deste ano, resultando em 270 vítimas, entre mortos e desaparecidos. 
Em um dos requerimentos, os deputados pedem que a Tüv Süd, empresa alemã contratada pela Vale e que atestou a segurança da barragem, que informe à CPI se levou em consideração as atividades de detonação realizadas não só na mina da Vale como também na da MIB (Mineração Ibirité Ltda.), que fica próxima à mina Córrego do Feijão. 
A CPI também solicitou que a MIB encaminhe ao colegiado relatórios de detonações de explosivos realizados entre junho de 2018 e 26 de janeiro de 2019 - dia seguinte ao rompimento da barragem em Brumadinho -, com horário, volume de explosivos e locais de detonação. 
Detonações
Em depoimento à CPI, um funcionário da Vale e um trabalhador terceirizado da empresa declararam que explosivos foram detonados na mina Córrego do Feijão, no dia em que a barragem 1 se rompeu. No entanto, os dois não chegaram a um consenso com relação ao horário. 
O mecânico de mineração da empresa Sotreq, terceirizada da Vale, Eiichi Pampulini Osawa, afirmou que a detonação aconteceu por volta de 12h20. Se essa informação estiver correta, isso ocorreu apenas oito minutos antes do colapso da estrutura, que se deu às 12h28, precisamente. 
Já o aplicador de explosivos da mineradora, Edmar de Rezende, disse que a detonação aconteceu às 13h33, portanto, 1 hora e 35 minutos após o rompimento da barragem. 
A detonação de explosivos no local é uma das questões centrais analisadas pela CPI. Para o relator do colegiado, deputado estadual André Quintão (PT), um relatório da auditoria externa recomendava evitar trânsito pesado e detonações próximo à barragem 1.
Segundo a Vale, as detonações de explosivos ocorreram após o colapso da estrutura. 

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