Câmara deve começar a analisar PEC da Previdência no plenário nesta terça




Após cinco meses de tramitação, a proposta de reforma da Previdência deve entrar nesta terça-feira (9) em sua fase decisiva, com o início das discussões do texto no plenário principal da Câmara. Parlamentares mais otimistas preveem até mesmo a possibilidade de aprovar, já nesta terça, o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC), deixando pendente para esta quarta-feira (10) somente a análise de eventuais emendas e destaques (propostas de alteração no texto original) que vierem a ser apresentados em plenário.

Fiador da PEC da Previdência no parlamento, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), movimenta as últimas peças do xadrez político para viabilizar a aprovação do texto até o final desta semana. Ele também articula um esforço final para tentar incluir estados e municípios na reforma previdenciária na fase de plenário, embora governistas avaliem que é improvável.

A corrida contra o tempo se explica pelo fato de que o recesso parlamentar de julho começa no dia 18. Líderes aliados ao Palácio do Planalto manifestaram nesta segunda-feira (8) otimismo em relação à possibilidade de aprovar o texto em dois turnos até sexta (12).

O principal esforço de Rodrigo Maia tem sido para garantir quórum alto nesta semana. Para mobilizar os deputados que estão dispostos a votar a favor da reforma previdenciária, o presidente da Câmara vem comandando desde sábado (6) uma série de reuniões com líderes das bancadas de centro-direita e articuladores políticos do Planalto.

A partir desta terça-feira, os deputados terão, pelo menos, oito sessões para discutir e votar o parecer do relator Samuel Moreira (PSDB-SP), aprovado na semana passada pela comissão especial criada na Câmara para analisar a PEC da Previdência.

Polêmica, a PEC da Previdência vai exigir articulação política e mobilização dos líderes partidários para ser aprovada no plenário em razão da exigência de maioria qualificada para mexer no texto constitucional. Para aprovar uma emenda à Constituição na Câmara, são necessários os votos de, pelo menos, 308 dos 513 deputados (60%), em dois turnos de votação.

Preocupados em evitar que a previsão de economia da reforma previdenciária seja desidratada mais uma vez, Maia e líderes governistas estão de olho nas emendas e destaques que devem ser apresentados no plenário. A área econômica do governo quer que os deputados garantam a economia de R$ 987 bilhões em 10 anos, cifra estimada com o texto que foi aprovado na comissão especial.

Inicialmente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, previa uma economia de R$ 1 trilhão, porém, as alterações feitas na PEC pelos integrantes da comissão especial reduziram em mais de R$ 200 bilhões a expectativa. Apenas um dos destaques aprovados pelo colegiado para atender apelos da bancada ruralista desidratou em R$ 83 bilhões a previsão de economia em uma década.

fonte: g1

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