Fonte: AGÊNCIA ESTADO
A Vale afirma
que mantém sua posição de deter apenas participações minoritárias em projetos
siderúrgicos e, com isso, responde à informação
publicada na revista alemã WirtschaftsWoche de que a mineradora
brasileira poderia adquirir a totalidade do grupo alemão ThyssenKrupp na
Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). A Vale detém 26,8% do projeto
instalado no Rio de Janeiro e
controlado pela ThyssenKrupp com 73,2%.
Em nota enviada à imprensa neste final
de semana, a Vale destacou que a participação em projetos siderúrgicos 'têm o
objetivo de incentivar o crescimento do setor, viabilizando o mercado de
minério de ferro no Brasil'. Essa presença, contudo, é baseada em participações
minoritárias.
No mês passado, o presidente da Vale,
Murilo Ferreira, já havia dito no Rio de Janeiro que a Vale 'não estava
analisando a alternativa' de comprar a fatia da ThyssenKrupp no complexo
siderúrgico. O principal foco de
negócios da Vale, segundo comunicado,
continua sendo o setor de mineração.
A reportagem da revista alemã afirmou,
ainda, que no encontro do presidente da Vale com a presidente Dilma Rousseff,
ocorrido no dia 28 do mês passado, o assunto teria sido tratado. Procurada pela Agência Estado, a assessoria de imprensa da Vale negou
essa informação.
Sobre a possibilidade de venda da
fatia da CSA para uma terceira companhia, a mineradora brasileira destacou que
'apoiará a solução que preservar o plano estratégico
da empresa, respeitados os direitos e as obrigações previstos no acordo de
acionistas assinado entre a Vale e a ThyssenKrupp'. No mês passado, Murilo
Ferreira afirmou que a Vale não tinha preferência 'por A, B ou C'. 'Nossa opção
é por quem apresentar o melhor projeto', afirmou na oportunidade.
No
mercado, também já foram comentados eventuais interesses das brasileiras
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Gerdau e Usiminas, além de grupos
siderúrgicos do Japão, da China e da Coreia do Sul. Gerdau e Usiminas já
negaram o interesse. A CSN disse que não comentaria 'especulações do mercado'.
O
acordo entre Vale e ThyssenKrupp possui uma cláusula que proíbe o grupo alemão
de alienar sua participação na usina, sem o aval da mineradora brasileira, antes
de 2013. Além da Vale, uma eventual negociação da fatia da ThyssenKrupp na CSA
também precisará receber o aval do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES), que concedeu empréstimo de R$ 1,48 bilhão ao projeto.
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