Principais
concorrentes estrangeiros têm menor dependência das importações em relação ao
Brasil
Fator
limitante para a expansão da produção nacional, a dependência brasileira da
importação de fertilizantes tem
elevado o custo das lavouras em momentos de dólar caro.
O País importa 93% do potássio,
51% dos fosfatados e 78% dos nitrogenados consumidos, segundo dados oficiais. E
não por acaso: o cenário favorável desenhado pelas indústrias do setor esbarra
na qualidade das jazidas exploradas, com baixo teor de nutrientes.
Os projetos, além de exigirem maturação de três a sete
anos, requerem capital intensivo para funcionar. Alguns dos principais
competidores do Brasil têm menor dependência da importação: os Estados Unidos
compram 43% dos fertilizantes; a Índia, 36%; e a China, apenas 7% do consumo dos
produtos destinados ao consumo final.
Os ministérios contrários à recomposição da Tarifa
Externa Comum (TEC) argumentam que, dependendo do período e do produto, paga-se
no Brasil o triplo do preço no mercado internacional. Os industriais dizem que
a "zeragem" da TEC fazia sentido apenas em um momento de baixa
rentabilidade da produção agropecuária nacional, o que já ficou para trás há
algum tempo.
A taxa de retorno dos investimentos, segundo o setor, são
pouco atrativas.
"Os fundos de private equity (participação em
empresas de capital fechado) querem muito mais do que os 5% de TIR. Querem 15%,
20%, por causa do risco e das incertezas no Brasil", diz o presidente da
Galvani, Rodolfo Galvani Jr..
Em documento reservado, um ministério resume o embate:
"O aumento do imposto de importação levará ao aumento do custo dos
agricultores, com consequências negativas para o desempenho global da economia
do País".
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