Agência Estado
A Força Sindical informou
que entrará com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo
Tribunal Federal (STF) contra decisão tomada nesta quinta-feira pelo Conselho
do Fundo de Amparo do Trabalhador (Codefat) de reajustar o seguro-desemprego
pelo Índice Nacional de Preços (INPC). A Força Sindical defende que o reajuste
seja vinculado ao salário mínimo.
Em nota à imprensa, a
entidade afirma que também fará manifestações e atos em todos os Estados.
"A Força Sindical, juntamente com as demais centrais, defende que a
elevação das parcelas dos benefícios seja atrelada ao salário mínimo. Alertamos
que a medida tirada da cartola pelos tecnocratas do Ministério da Fazenda para
fazer superávit primário só trará prejuízos para a sociedade brasileira",
cita o texto.
"Não vamos permitir
esta insensibilidade social, visto que a medida prejudica quem mais precisa de
ajuda, que são os desempregados. A diminuição dos valores das parcelas impede
que o seguro-desemprego atinja o seu real objetivo, de dar amparo social de
maneira ampla às pessoas que perderam seus empregos e, consequentemente, suas
rendas", destaca a nota, O material, assinada pelo presidente da Força
Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDTSP), o "Paulinho da
Força".
A entidade considera que a
medida é cruel e gerará perdas irreparáveis para os desempregados, retirando
direitos dos trabalhadores previstos na Constituição de 1988. "Lamentamos
que o governo tenha feito desonerações de bilhões de reais em diversos setores
da economia sem cobrar contrapartidas sociais como forma de evitar a
rotatividade de mão de obra." A Força Sindical avalia, ainda, que "o
achatamento do reajuste do seguro-desemprego é fruto da intransigência, da
falta de diálogo e de sensibilidade do governo".
Fundo de Amparo ao
Trabalhador
A bancada dos trabalhadores
no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) pediu
vista daproposta de votação do orçamento do FAT para o ano que vem, segundo
informou a assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Com isso, a apreciação da pauta foi adiada para a próxima reunião do Conselho.
A Proposta Orçamentária do
FAT para 2014 precisa ser enviada ao Ministério do Planejamento até o dia 31 de
agosto para compor a peça orçamentária do governo a ser enviada ao Congresso
Nacional.
Para o presidente da
Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado
de São Paulo (Fequimfar), Sergio Leite, que também é primeiro secretário-geral
da Força Sindical, no entanto, o documento enviado ao ministério é "uma
peça de ficção". Isso porque, de acordo com ele, apesar das considerações
feitas pelo Codefat, o Planejamento acaba cortando e trabalhando com outros
números, que não os apresentados pelo conselho.
0 comentários:
Postar um comentário