Trabalhadores ligados à
Força Sindical decidiram hoje, em assembleia na capital paulista, propor uma
ação judicial coletiva para cobrar defasagens na correção monetária nas contas
do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A ideia é tentar a revisão das
contas desde o ano de 1999.
O presidente da Força
Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), sustenta a tese
de que a fórmula de correção do saldo do fundo está errada.
Hoje, as correções são
feitas conforme determina o artigo 2º da lei 8.036/90. São aplicados juros
anuais de 3% mais correção monetária mensal com base na TR (Taxa Referencial).
O sindicalista afirma que o
prejuízo aos trabalhadores se dá pela "manipulação" da TR.
Segundo ele, em 2000, a
inflação foi de 5,27% e o governo aplicou apenas 2,09% nas contas.
Essa situação tem se
repetido ao longo dos anos
A Força Sindical afirma ter
projeções que indicam uma diferença nas contas do FGTS -em decorrência do
modelo de correção- de R$ 313 bilhões.
O trabalhador que quiser
integrar a ação terá de assinar um termo de adesão. Segundo Paulinho, mais de
cem sindicatos devem entrar com o primeira lote de ações questionando a correção
do FGTS já na próxima semana. "Acreditamos que milhares de sindicatos e
milhões de trabalhadores irão aderir a esta ação nos próximos meses",
afirma.
CAMPANHA
EMERGENCIAL
O Sindicato dos Metalúrgicos
de São Paulo e Mogi das Cruzes vai lançar esta semana uma campanha salarial
emergencial. Na assembleia de hoje, os trabalhadores decidiram apresentar ao
patronato paulista pedido de recomposição salarial de 3% imediatamente.
A categoria alega que o
aumento real de 2% obtido na última data-base, em novembro de 2012, já foi
anulado pela aceleração da inflação até abril. A pauta emergencial será
entregue à Fiesp (Federação das Indústria do Estado de São Paulo) e aos
sindicatos ligados ao ramo metalúrgico.
O sindicato afirma que a
estratégia é negociar essa recomposição com cada um dos sindicatos patronais,
ou até empresa por empresa. A entidade sindical lançou iniciativa semelhante em
2010, quando conseguiu a recomposição.
A negociação de reajuste
emergencial não altera as negociações salariais na data-base, em novembro,
afirma os metalúrgicos da Força.
0 comentários:
Postar um comentário