O ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva entrou nas conversações a respeito do destino do projeto de
exploração de potássio do rio Colorado, na Província argentina de Mendoza, que
foi suspenso por tempo indeterminado pela mineradora Vale, em março. Lula e o
governador de Mendoza, Francisco Pérez, discutiram o tema por meia hora na
quarta-feira, logo que o ex presidente chegou à cidade argentina.
Conforme disse Pérez ao
"Diario Uno" de Mendoza, Lula e a presidente Dilma Rousseff
"fazem parte da mesma equipe".
O projeto do rio Colorado
era o maior empreendimento privado da Argentina, com um orçamento inicial de
US$ 6 bilhões. Alegando aumento de custos, a Vale suspendeu o empreendimento,
provocando grande irritação no governo argentino. O assunto foi discutido por
Dilma e pela presidente Cristina Kirchner na visita que a brasileira fez a Buenos
Aires, no último dia 25.
Na ocasião, segundo afirmou
posteriormente o assessor internacional da presidência, Marco Aurélio Garcia,
Cristina expôs a Dilma uma proposta formal que teria feito à Vale para que o empreendimento
fosse retomado. No mesmo dia, porém, a empresa sinalizou que não tem interesse
em prosseguir com a empreitada.
Lula deu na noite de
quarta-feira uma palestra fechada para cerca de 500 executivos na bodega Los
Toneles, paga pela empresa Telefónica. De acordo com o portal "Mendoza On
Line", o ex presidente teria recebido 180 mil euros pela sua participação
no evento.
O ex-presidente estará nesta
quinta-feira em Buenos Aires, para a inauguração de uma universidade criada por
sindicatos, em um evento que terá a participação de Cristina. Depois do evento,
Lula vai jantar com a presidente argentina na Casa Rosada. O governador de Mendoza
disse que também viajará a Buenos Aires para tratar da Vale com Cristina.
Ontem, Lula foi ao Congresso
da Argentina para receber títulos de doutor "honoris causa" de diversas
universidades do país.
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