Governo encomenda estudo sobre a indústria química



O BNDES vai financiar um estudo sobre diversificação da indústria química.
O trabalho foi incluído no Plano Brasil Maior, em maio de 2012, dentro da agenda estruturante, de médio prazo.
O consórcio vencedor da licitação do banco foi o da Bain Company e da Gas Energy, que trabalhará por um ano.
 "É um ponto de virada para a indústria", diz Fernando Figueiredo, presidente da Abiquim (do setor).
"O objetivo é permitir um planejamento a longo prazo, ter uma boa análise de mercado e atrair investimentos.
" O banco ainda não divulga o valor do estudo. Trabalhos semelhantes costumam custar entre R$ 6 milhões e R$ 8 milhões.
"É uma excelente oportunidade para diversificar e reduzir o deficit da indústria."
O estudo analisará oportunidades, competitividade e tecnologia nas diversas cadeias, incluindo novos produtos de valor agregado.
Uma vez pronto, deverá propor políticas exequíveis que acelerem o desenvolvimento da indústria no país.
O estudo abre possibilidades principalmente para as empresas menores, que não teriam como financiar uma pesquisa desse porte, diz.
A entidade tem cerca de 150 associados. Entre as 35 maiores, quatro são companhias brasileiras.
"O estudo é importante porque a química no Brasil é muito focada em commodities, tem valor agregado baixo", diz Gabriel Gomes, responsável pela área do BNDES.
"O setor é muito susceptível à competição de importados da Ásia e, agora, também dos Estados Unidos, pela matéria prima mais barata."
 Vários setores demandantes de química crescem, mas a indústria, não. "Queremos identificar quais produtos poderiam ser feitos aqui, mas não estão sendo feitos"

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