Trabalhadores
do setor energético e companhias do sistema Eletrobrás chegaram a acordo para
pagamento de reajustes salariais. A conciliação encerrou pendência judicial
iniciada em 1996. Com o acordo, empresas do Sistema Eletrobrás deverão pagar R$
280,4 milhões aos trabalhadores — uma economia de cerca de R$ 567 milhões
em relação ao valor pedido.
Entidades
sindicais representativas dos trabalhadores contra a Eletronorte, a Amazonas
Distribuidora de Energia e a Boa Vista Energia ajuizaram a reclamação trabalhista,
chamada de "curva de Tamburello" (local do acidente fatal de Ayrton
Senna, no circuito de Imola, em 1994). Eles reivindicavam o pagamento de
diferenças salariais do reajuste concedido através da Resolução de Diretoria
239/97 no percentual mínimo de 5% e, no máximo, de 18%.
A Justiça
determinou, em 2009, o pagamento a quase cinco mil trabalhadores do reajuste
pleiteado, de forma retroativa à data de 1º de agosto de 1996. Nesta época, a
União ingressou na ação assistente do Eletronorte, participando dos atos
processuais praticados na reclamação trabalhista e do processo de negociação
para o pagamento do montante.
Os
valores atualizados até janeiro de 2013 davam conta de que a Eletronorte
arcaria com um total de R$ 720.996.327,90. Os cálculos do valor devido pelas
companhias de energia do Amazonas e de Roraima somavam, respectivamente, R$
107.906.288,14 e R$ 18.829.044,37.
As
empresas propuseram o pagamento, via acordo judicial, de R$ 240 milhões pela
Eletronorte, R$ 33,3 milhões pela Amazonas Distribuidora de Energia e R$ 7,1
milhões pela Boa Vista Energia. Em abril de 2013, as companhias, assessoradas
pelas unidades da PGU, e as entidades sindicais conseguiram celebrar os acordos
em audiência na 9ª Vara do Trabalho de Brasília.
Valor
elevado
A União entrou no processo em função do valor elevado que poderia ser atingido por ocasião da execução da sentença, considerando que a Eletronorte é uma sociedade de economia mista subsidiária do Sistema Eletrobrás que fornece um serviço público de energia elétrica e o pagamento previsto na ação poderia comprometer investimentos e operação da empresa. O Sistema Eletrobrás solicitou formalmente a atuação da Advocacia-Geral da União no caso com o objetivo de propor um acordo para a homologação dos valores definitivos
A União entrou no processo em função do valor elevado que poderia ser atingido por ocasião da execução da sentença, considerando que a Eletronorte é uma sociedade de economia mista subsidiária do Sistema Eletrobrás que fornece um serviço público de energia elétrica e o pagamento previsto na ação poderia comprometer investimentos e operação da empresa. O Sistema Eletrobrás solicitou formalmente a atuação da Advocacia-Geral da União no caso com o objetivo de propor um acordo para a homologação dos valores definitivos
Os
dirigentes da Eletronorte condicionaram a assinatura do acordo à prévia
manifestação da AGU, que elaborou um parecer conjunto entre o Departamento
Trabalhista e o Departamento de Cálculos e Perícias, que são ligados à
Procuradoria-Geral da União (PGU). As unidades trataram, no documento, da
economicidade, da constitucionalidade e da legalidade do ajuste em
questão. Com informações da Assessoria de Imprensa da AGU.
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