Justiça de Minas desbloqueia R$ 48 milhões da Vale para custear estudos sobre impactos



A Justiça de Minas Gerais desbloqueou R$ 48 milhões da mineradora Vale para custear as assessorias técnicas que vão determinar os prejuízos provocados pela tragédia de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No dia 25 de janeiro de 2019, a barragem Córrego do Feijão rompeu, matando 259 pessoas e deixando 11 desaparecidos. 

De acordo com o Ministério Público, este dinheiro faz parte dos R$ 5 bilhões bloqueados desde o ano passado.O estudo dos impactos, também na vida dos moradores, era uma reivindicação dos atingidos. A partir disso, indenizações serão estipuladas.

Procurada, a Vale informou que está analisando detalhadamente a decisão e vai se pronunciar oportunamente.

Retirada de rejeitos

A Vale informou nessa quarta-feira (4) que vai acelerar o processo de remoção e disposição definitiva dos rejeitos provenientes do rompimento da Barragem B1. A companhia foi autorizada pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) a dispor o rejeito que já foi inspecionado e liberado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais na cava da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo a mineradora, a medida faz parte do Plano Integrado de Manejo de Rejeitos e Resíduos, entregue e aprovado pelos órgãos competentes. A previsão é que o rejeito depositado no vale do ribeirão Ferro-Carvão até a confluência com o rio Paraopeba seja removido e disposto na cava até 2023.

O uso da cava foi autorizado pela ANM e formalizado, na última sexta-feira (28), com publicação de despacho no Diário Oficial da União (DOU). A medida já havia recebido, em dezembro do ano passado, a licença ambiental da Semad. A disposição do rejeito na cava, ainda de acordo com a Vale, é essencial para a continuidade das estratégias de buscas definidas pelos Bombeiros e para a recuperação de áreas atingidas.

Condições adequadas para disposição do rejeito
Em publicação, a Vale anunciou que vai separar resíduos como metais, borracha e madeira antes de dispor o material na cava. Esse processo atende as especificações dos órgãos ambientais e deixa o rejeito nas condições adequadas para que possa ser disposto e para o descarte de resíduos de forma apropriada. Para executar essa ação, a companhia vai usar as peneiras da Instalação de Tratamento de Minério a Seco (ITMS) da Mina Córrego do Feijão e outras peneiras móveis.

As ações atendem à Política Nacional de Resíduos Sólidos e foram devidamente comunicadas aos órgãos ambientais, à ANM e ao Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.

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