Reunidos na cidade de Parauapebas entre os dias 5 e
7 de julho, jovens e lideranças do Maranhão e do Pará discutiram os impactos da
mineração e da siderurgia no corredor Carajás, no V Encontro Regional dos
Atingidos pela Vale.
Na pauta de discussão, a reforma do código de
Mineração. Segundo os participantes do encontro, há um processo de completa
exclusão da sociedade civil nas discussões de reforma do código.
“As empresas tiveram quatro anos de tempo para
negociar com o Governo as características da nova lei, não aceitamos que esse
regime de urgência nos obrigue a debater o Código somente em noventa dias de
tempo!” – comentou Sislene Costa, da rede Justiça nos Trilhos.
Os participantes do congresso discutiram
profundamente os impactos da nova ferrovia de Carajás
representantes dos municípios dos municípios maranhenses de Açailândia,
Buriticupu, Santa Rita, Anajatuba, Itapecuru Mirim e São Luís. Destacaram os
impactos sobre as comunidades de pescadores, provocados pela ampliação do porto
de escoamento de minério, Ponta da Madeira.
O encontro coincidiu com três interrupções do trem de minério da Vale, com ocupações dos trilhos
feitas por povos indígenas e comunidades urbanas do Maranhão. Segundo os
participantes, tanto o estado quanto a Vale não se sensibilizam com os impactos
negativos gerados pela mineração.
“Para nós, pobres, brigar com a Vale sozinhos é
como querer cortar a pedra com um machado”, afirmou um assentado participante
do encontro.
Ao final do encontro, os participantes definiram
várias mobilizações em território nacional para alertar a sociedade sobre o
drama das comunidades que vivem na área de mineração da Vale.
Com informações da Assessoria de
imprensa da Rede Justiça nos Trilhos.
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