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Uma
greve de 24 horas realizada ontem pelos funcionários da Petrobras na Bacia de
Campos (responsável por mais de 80% da produção nacional de petróleo)
conseguiu reduzir a produção da estatal. A petroleira admitiu a interrupção
temporária da produção de duas plataformas: P-7 e P-15, que produzem cerca de
10 mil barris de óleo por dia. As duas unidades, segundo sindicatos, pararam
de produzir à meia noite de ontem e assim permaneceram por 12 horas.
O
Sindicato dos Petroleiros do Norte do Estado do Rio (Sindipetro) declararam
ainda que a P-35, que segundo a Petrobras já não estava em operação por causa
de uma parada técnica, não retornou à produção devido a greve. A plataforma é
responsável hoje, de acordo com o Sindipetro, pela produção diária de cerca
de 35 mil barris de petróleo.
"Na
P-35, a produção já estava parada, a gerência queria retomar a produção, mas
os trabalhadores se mantiveram na greve", disse José Maria Rangel,
coordenador do Sindipetro e diretor do departamento de Segurança Meio
Ambiente e Saúde da Federação Única dos Petroleiros (FUP). Também afirmou que
a parada da P-35 teve início no dia anterior e foi devida ao "furo de
uma linha no sistema de injeção de água". Segundo ele, o problema
ocorreu por causa da deteriorização da espessura da linha
Procurada,
a Petrobras não explicou o motivo da parada técnica da plataforma e também
não explicou o tempo que ela deverá permanecer sem operar. Além disso, não
confirmou que a produção não tenha sido retomada ontem por causa da greve.
Rangel
disse que a greve contou com a participação de 39 das cerca de 46 plataformas
da empresa na Bacia de Campos. Aproximadamente 5 mil empregados participaram.
Até o fechamento desta edição, segundo a Petrobras, o movimento transcorreu
sem incidentes. "Equipes de contingência da companhia foram mobilizadas
para garantir a normalidade da produção nas plataformas", frisou a
petroleira.
O
movimento tem como objetivo protestar contra uma mudança no pagamento de
horas extras de 4,5 mil funcionários que trabalham embarcados. Funcionários
acusam a companhia de ter retirado um benefício ganho na Justiça, em 2011, em
uma disputa judicial que já completa oito anos.
"A
Petrobras reforça a importância da mesa de negociações como o melhor meio de
manter o diálogo aberto e transparente com os representantes dos
empregados", disse a empresa.
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Greve de 24 horas atinge produção da Petrobras
Postado por
Stiquifar
sexta-feira, 26 de julho de 2013
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