Empresas restringem uso de redes sociais durante trabalho


Fonte: Correio de Uberlândia

Uma notificação no Facebook, um novo seguidor no Instagram, uma nova mensagem no Whatsapp, uma distração e perda de foco durante o trabalho e, consequentemente, baixa produtividade. Esse tipo de comportamento, o uso excessivo das redes sociais durante o expediente, tem sido limitado por parte de algumas empresas. Os patrões estão deixando clara a restrição já no início do processo seletivo para contratação, segundo agências de recrutamento.

“Algumas empresas começaram a restringir há mais de um ano. Mas, de uns 6 meses para cá, aumentou a quantidade de empresas restringindo o uso das redes sociais durante o trabalho. O excesso da utilização estava causando baixa produtividade dos funcionários, sobretudo, daqueles que lidam diretamente com o público”, afirmou Flávia Rosa de Souza, que é gerente de relacionamento de uma empresa especializada em recursos humanos.

Para a analista de recursos humanos Gleydis Aparecida Vieira, é importante que as empresas deixem as informações sobre restrições claras desde o início do processo de seleção. “Assim, o candidato tem consciência do ambiente para o qual está indo trabalhar. Até hoje, não tivemos problema quanto a isso. Nenhum candidato apresentou resistência a essa limitação.”

Segundo ela, o vício em redes sociais já foi fator de exclusão de candidato de um processo seletivo feito por uma empresa de tecnologia. “Durante as dinâmicas, a pessoa colocou nos pontos a melhorar que precisava bloquear alguns grupos no Whatsapp. A empresa entendeu que essa pessoa tinha esse vício e já apresentou uma restrição a ele. Foi um elemento para a exclusão dele”, disse Gleydis Vieira.

Empresas criam rede social própria

Se por um lado, a utilização excessiva das redes sociais no trabalho já é um problema para patrões e gestores, por outro, o uso dessas ferramentas é benéfico, no caso de algumas áreas de atuação. Por isso, algumas multinacionais já apostam em rede social corporativa. Uma empresa alemã de ferramentas elétricas, por exemplo, tem a sua própria rede social desde setembro de 2013. Nela, os funcionários criam grupos para discussão e trocam mensagens.

Um levantamento feito pela consultoria McKinsey com 1.674 companhias globais, em 2014, mostrou que 82% delas adotaram alguma versão de rede social corporativa. E os resultados apareceram: 62% obtiveram melhora significativa no fluxo de trabalho, 66% aceleraram os processos de trabalho, 60% reduziram custos com comunicação e 45% ampliaram a satisfação de seus públicos.

Conduta mostrada em postagens pode ter influência nas contratações
Além do uso excessivo das redes sociais, a postura dos profissionais nesses espaços virtuais também pode prejudicá-los durante o processo de seleção ou até mesmo depois de contratado. De acordo com a analista de recursos humanos Gleydis Aparecida Vieira, algumas empresas consultam o perfil do candidato nas redes. “Olham que tipo de postagens e grupos os candidatos participam para conhecer mais sobre eles e saber se a conduta deles condiz com a empresa.”

Para a gerente de relacionamento de uma empresa especializada em recursos humanos Flávia Rosa de Souza, algumas postagens de fotos podem prejudicar os profissionais. “As empresas não veem com bons olhos aquelas fotos com muita bebida, muitas fotos na balada, principalmente, se, no outro dia, o profissional tem que trabalhar às 8h. Isso pode até ser um fator relevante em uma avaliação de desempenho em que a empresa tenha que desligar alguém. Vai pesar na decisão”, afirmou.

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