Trabalhadores paralisam a construção da fábrica de fertilizantes da Petrobrás



Mais de 3 mil operários estão em greve por melhoria das condições trabalho

Nesta quinta-feira (17) três mil e quinhentos operários que trabalham na construção da fábrica de fertilizantes da Petrobras em Três Lagoas, entraram no segundo dia de greve. Na última terça-feira (15), representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom) e da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção, Mobiliário e Montagem Industrial do Mato Grosso do Sul (Fetricom/MS) realizaram uma assembleia com os trabalhadores para ouvir suas reivindicações.

A partir desta assembleia foi criada uma pauta de reivindicações que foi entregue para os representantes do consórcio ontem (16). Como as empresas não responderam às solicitações, os trabalhadores cruzaram os braços e paralisaram a obras. Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão a antecipação do reajuste salarial, o pagamento das horas “in itinere”, 100% de horas extras nos fins de semana e feriados e 75% durante a semana, aumento da folga de campo, e a melhoria das condições e ambiente de trabalho. Muitos trabalhadores relataram a falta de limpeza nos alojamentos além da presença de cobras, aranhas e escorpiões.

Segundo Valdemir de Oliveira (Popó), dirigente da Conticom, há três meses os trabalhadores estão procurando os sindicatos que representam a categorias em Três Lagoas, mas nenhum representante compareceu para ouvir as reivindicações dos operários. Por esse motivo, eles acionaram a Conticom e a Fetricom/MS, para ele “são questões fáceis de ser resolvidas, não haveria a necessidade de uma paralisação se os sindicatos de Três Lagoas tivessem apurado as denúncias feitas pelos trabalhadores. Mas como isso não foi feito as reivindicações se acumularam”. Os trabalhadores continuam esperando uma resposta das empresas.

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