Petroleiros cruzaram os braços por uma hora na
FAFEN, unidade de operações da Petrobrás responsável pela fabricação de amônia
e fertilizantes nitrogenados, localizada no município de Laranjeiras. O ato foi
realizado pelo Sindipetro AL/SE na manhã desta quinta-feira, 13/06.
“A paralisação é parte de um calendário de
mobilização, aprovado este ano no congresso da categoria, contra calotes
aplicados constantemente aos trabalhadores terceirizados, que ficam sem receber
os direitos trabalhistas no fim dos contratos e muitas vezes sem receber
salários. O calendário também se refere a luta contra os leilões do petróleo. O
Governo Federal já anunciou a próxima rodada de leilões para outubro.
Dessa vez serão vendidos também os blocos do pré-sal”, disse Dalton dos Santos,
diretor do Sindipetro AL/SE e geólogo da Petrobrás.
CALOTE
Dalton explica que, de 455 mil funcionários trabalhando na Petrobrás, 85 mil são diretos e 360 mil são terceirizados, ou seja, de cada dez trabalhadores, apenas dois são funcionários diretos. “Na prática isso restringe os direitos sindicais, acaba com a estabilidade no emprego e nega os direitos trabalhistas para uma parte considerável dos trabalhadores”.
Dalton explica que, de 455 mil funcionários trabalhando na Petrobrás, 85 mil são diretos e 360 mil são terceirizados, ou seja, de cada dez trabalhadores, apenas dois são funcionários diretos. “Na prática isso restringe os direitos sindicais, acaba com a estabilidade no emprego e nega os direitos trabalhistas para uma parte considerável dos trabalhadores”.
Uma das piores consequências da terceirização,
segundo Dalton, é o aumento no número de problemas de saúde, acidentes e mortes
nos locais de trabalho. “Em média, ocorrem 20 acidentes de trabalho por dia e
um trabalhador é morto por mês na Petrobrás. Por isso defendemos a
primeirização de todos esses trabalhadores, tendo como base a decisão do
Tribunal de Contas da União. Em 2010 o TCU concluiu que 80% dos terceirizados
atuavam em atividades-fim, ou seja, todos esses trabalhadores deveriam ser do
quadro próprio da empresa”.
Ele explica ainda que o Sindipetro AL/SE defende o
fim da terceirização porque essa é uma forma de privatização da estatal. “A
Petrobrás passa a ser apenas uma gerenciadora de recursos das empresas privadas
e nossa luta é por uma empresa 100% estatal”, fala.
LEILÃO DO PETRÓLEO
Para o sindicato os leilões do petróleo é outra forma de privatização. “Nos leilões realizados em 14 e 15 de maio de 2013, foram entregues reservas de petróleo no valor de US$ 1 trilhão de dólares, por apenas 0,1% do valor destas reservas (US$ 1,4 bilhão de dólares). As grandes multinacionais foram as mais beneficiadas. A Petrobrás adquiriu apenas 7% das concessões”, relata Dalton.
Para o sindicato os leilões do petróleo é outra forma de privatização. “Nos leilões realizados em 14 e 15 de maio de 2013, foram entregues reservas de petróleo no valor de US$ 1 trilhão de dólares, por apenas 0,1% do valor destas reservas (US$ 1,4 bilhão de dólares). As grandes multinacionais foram as mais beneficiadas. A Petrobrás adquiriu apenas 7% das concessões”, relata Dalton.
Agora, no leilão da área do pré-sal, ele explica
que o Governo Federal anunciou a venda do campo de Libra, o maior do Brasil e
um dos maiores do mundo. “Isso significa que vamos perder nossa
autossuficiência em petróleo. Vamos comprar a gasolina ou o diesel
industrializado de fora, produzidos a partir do óleo bruto extraído aqui no
nosso país. Por isso os preços do gás de cozinha e da gasolina estão cada vez
mais caros”.
A CAMPANHA
O sindicato pretende realizar mais atividades como essa até a data dos referidos leilões. “Temos três meses de trabalho intenso para lutar e exigir do governo que pare com a entrega e suspenda o leilão. Nosso principal desafio é conscientizar a população sobre a gravidade do que está acontecendo”.
O sindicato pretende realizar mais atividades como essa até a data dos referidos leilões. “Temos três meses de trabalho intenso para lutar e exigir do governo que pare com a entrega e suspenda o leilão. Nosso principal desafio é conscientizar a população sobre a gravidade do que está acontecendo”.
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