Os
trabalhadores nas indústrias de fertilizantes e defensivos agrícolas de todo o
Brasil terão uma pauta de reivindicações unificada. Esta foi uma das principais
decisões do 3º Encontro Nacional dos Trabalhadores do Setor de Fertilizantes e
Defensivos Agrícolas, realizado na sede do Sindifertil na quarta-feira, 5.
Estiveram presentes lideranças sindicais de cinco estados (Rio Grande do Sul,
Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Goiás) que, juntos, são responsáveis
por 80% dos negócios de
fertilizantes no país.
O
presidente do Sindifertil, Felipe Lourenço Spotorno, disse que com a pauta de
reivindicações unificada, “os dirigentes sindicais terão um caminho a seguir
nas negociações de acordos coletivos. Sentimo-nos muito honrados em patrocinar
um evento dessa magnitude, que também impressionou os visitantes pela estrutura
oferecida por nosso sindicato”.
Os trabalhos aconteceram
na manhã e tarde, sendo que à noite o Sindifertil ofereceu um churrasco de
confraternização. Na manhã desta quinta-feira, 6, os sindicalistas também
fizeram um tour pela cidade, quando conheceram o parque industrial de
fertilizantes e a área portuária, retornando a seguir para suas cidades de
origem.
Capacitação
e mobilização das lideranças sindicais
Na
avaliação do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria
Química (CNTQ), Antonio Silvan Oliveira, o evento “atingiu os objetivos da
organização. Pudemos sentir o comprometimento das lideranças dos trabalhadores
na elaboração de uma ação sindical conjunta com a finalidade que esta união se
transforme em importante ferramenta nas próximas negociações que estão por vir.
Tivemos a oportunidade do debate em relação às condições de trabalho, a
importância da capacitação sindical em relação às normas e procedimentos de segurança
e isso vai possibilitar exigir das empresas melhores condições de trabalho, um
ambiente mais seguro e saudável”.
Oliveira
destacou a palestra do superintendente regional do Departamento Intersindical
de Estudos e Estatísticas Sócio-Econômicas (DIEESE), Ricardo Franzoi, que
enfatizou o momento econômico que vive o Brasil e o mundo. Ele reforçou a
preocupação, que já é presente nos sindicatos, do aumento dos juros. Alguns
investidores poderão ir para a ciranda financeira e tem o impacto que a taxa Selic
poderá representar nos investimentos dos estados, municípios e do Governo
Federal, podendo comprometer os investimentos em infraestrutura, porque os
governos com a Selic passam a ter um custo maior com as dívidas existentes.
Do
encontro será elaborado um documento base para as futuras ações sindicais. Além
de conter a formulação de uma pauta de reivindicações unificada para o setor,
prevê a elaboração de algumas oficinas de trabalho, no campo das Normas
Regulamentadoras (NR), como também maior empenho das lideranças sindicais no
envolvimento de jovens e mulheres trabalhadoras, “estamos no rumo certo em
capacitar e mobilizar as lideranças sindicais para as negociações. Só assim
teremos condições de fazer o enfrentamento com capacidade e competência e cada
vez mais cumprir nosso papel de representantes dos trabalhadores”, conclui o
presidente do CNTQ.
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