As maiores empresas de
etanol do mundo estão localizadas nos Estados Unidos e no Brasil, com alguns
exemplos também nos dois mercados "emergentes" para o combustível,
Colômbia e Peru.
A americana Archer Daniels
Midland (ADM) é a primeira da lista, com capacidade 6,5 bilhões de litros de
etanol por ano. A empresa foi fundada em 1902 como um negócio de trituração de
sementes por George Archer e John Daniels.
A ADM só ganhou porte, no
entanto, com o etanol. Hoje, o principal cargo executivo da empresa é ocupado
por Patricia Woertz, de 60 anos. Ela chegou à companhia em 1974, como
contadora, e hoje recebe cerca de US$ 10 milhões ao ano, segundo a Bloomberg
Businessweek.
Em 2012, Patricia foi eleita
pela revista Forbes como uma das cem mulheres de negócio mais poderosas do
mundo. A executiva não costuma dar entrevistas, mas participa de eventos
corporativos, no qual às vezes deixa transparecer suas ambições.
"Os mercados da Ásia,
África, Europa Oriental e Oriente Médio são os que mais crescem e se
desenvolvem. Por isso, são os mais interessantes no momento", afirmou ela
em um desses eventos corporativos.
No Brasil, a figura símbolo
do setor é Rubens Ometto, controlador da Cosan, que tem uma fortuna estimada em
US$ 2,7 bilhões pela Forbes. A revista classifica Ometto como o segundo mais
rico empresário envolvido em negócios "verdes".
Ometto é considerado o
primeiro bilionário do etanol. Após conflitos com a família, tomou o controle
da empresa Cosan e, em 2011, fez uma das alianças mais fortes dentro do mercado
do etanol: uniu-se à petroleira Shell para criar a Raízen.
Segunda empresa no reinado
mundial do etanol, a Poet Biorefining tem capacidade de produção de 6,2 bilhões
de litros por ano. Fundada em 1983 como um negócio da família Broin, no Estado
americano de Minessotta, a companhia comprou sua primeira planta de etanol no
Estado de Dakota do Sul, em 1987.
A empresa esteve até 2006 a
cargo dos três irmãos Broin. Naquele ano, um deles, Jeff, que participava no
negócio desde os 22 anos, quando começou como gerentegeral da planta de etanol
Scotland, comprou as ações de seus dois irmãos.
Compartilhando ações com os
10 mil agricultores associados à empresa, Jeff Broin ficou com o controle e, em
2007, a empresa mudou o nome para Poet. Após sair do dia a dia do negócio, no
ano passado, Broin passou a atuar em entidades de lobby em favor da bioenergia.
Emergentes. Na Colômbia e no
Peru, o negócio do etanol também tem seus czares. A indústria nesses dois
países começou após o "boom" do setor no Brasil e nos Estados Unidos.
Mas a história do etanol na
Colômbia, na verdade, começou em 1864, quando Santiago Eder comprou umas terras
no município de Palmira. Converteu-se, então,
em um dos pioneiros no
negócio do açúcar e em um dos industriais mais importantes do século 19 no
país, constituindo o Grupo Manuelita. Em 2006, 142 anos depois da fundação,
seus herdeiros iniciaram o negócio do etanol, a cargo hoje de Harold Eder.
No Peru, o negócio é
encabeçado pelo grupo Romero, um conglomerado familiar que é considerado o
segundo maior e o mais influente da nação. Entre suas empresas figuram o Banco
de Crédito do Peru, o grupo Palmas de Espino e sua subsidiária, Sucroalcooleira
Del Chira, que começou a produzir etanol em 2008.
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