Determinação judicial encerra greve na fábrica de fertilizantes da Petrobras




Por determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), os operários que prestam serviço para o Consórcio UFN, na construção da fábrica de fertilizantes da Petrobras, em Três Lagoas, tiveram que voltar ao serviço na manhã de ontem. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e de Mobiliário e Montagem (Sintricom) de Três Lagoas, Gilson Brito Frazão, o desembargador do TRT, Nery Sá Silva Azambuja, chamou os representantes sindicais e do consórcio para conversar sobre essa situação, antes, porém, determinou que os operários retornassem ao canteiro de obras.
Os operários aderiram à greve na última segunda-feira, alegando que o consórcio não estava cumprindo com o acordo coletivo assinado no TRT em março desse ano. Além disse, eles reivindicam a mudança do alojamento em que estão, aumento do vale alimentação de R$ 250 para R$ 500, entre outras questões.

“Ficamos triste com essa situação, em ter que pedir que os trabalhadores voltassem ao canteiro de obras, porque são pais de família que dependem da gente para o salário aumentar. Mas, para tentar resolver essa situação e conversar com ambas as partes, o desembargador solicitou que os trabalhadores retornassem ao serviço porque a obra não pode parar”, comentou Gilson.

Entretanto, segundo ele, se não houver avanços nas negociações durante reunião marcada para acontecer hoje, em Campo Grande, o movimento de greve deve ser retomado. “Vamos participar dessa reunião e trazer as propostas para apresentar aos trabalhadores na sexta-feira e, caso eles não aceitem vamos continuar com a greve”, adiantou.

Em nota, a direção do Consórcio UFN 3 informou que a greve dos trabalhadores, que ocorre pela terceira vez nesse ano, está provocando prejuízos no cronograma do empreendimento. Ainda segundo o comunicado, o Consórcio sempre obedeceu a legislação trabalhista, cumprindo integralmente os acordos pactuados entre as partes envolvidas, ficando surpreso, inclusive com as reivindicações dos trabalhadores que estava em pleno benefício do Acordo Coletivo ajustado anteriormente.
Por esse motivo, o Consórcio comunicou que tomaria as providências cabíveis junto ao Tribunal Regional do Trabalho no sentido de resguardar o compromisso assinado perante o desembargador Francisco da Lima Chagas Filho e do procurador do Trabalho, Odracir Juares Hecht.

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