Os 700 operários da empreiteira de manutenção
Manserv lotados na Vale Fertilizantes, em Cubatão, entram em greve, a partir
das 7 horas desta segunda-feira. Eles aprovaram a paralisação na quinta-feira,
em assembleia no Sindicato
dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção
Industrial (Sintracomos). A assembleia foi convocada pelo presidente do
sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira, diante da paralisação espontânea dos
trabalhadores, na tarde daquele dia.
O sindicalista explicou aos operários que deveriam obedecer à lei de greve (7783-1989), conforme os prazos de notificações à empreiteira e à empresa principal. Agindo dessa maneira, Macaé evitou que a Manserv conseguisse, na sexta-feira, liminar no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) decretando o movimento ilegal.
Diante da tramitação providenciada pelo Sintracomos, o TRT marcou audiência de instrução e conciliação para a tarde desta terça-feira, na capital paulista. A categoria reivindica reajuste salarial de 10%, R$ 17 de vale alimentação e participação nos lucros ou resultados (plr) de um salário nominal mais 30%.
Esses valores foram conquistados por greve de 10 mil colegas do polo industrial, entre os dias 6 e 20 de maio. Os 700 da Manserv, com a mesma data-base em 1º de maio, não aderiram ao movimento. Segundo Macaé, eles acreditaram na promessa da direção da empreiteira, de que aplicaria o resultado da campanha salarial nas demais empreiteiras, embora o sindicato os tivesse alertado.
O sindicalista explica que a Manserv, ao contrário do prometido, protoclou dissídio coletivo, na Justiça do Trabalho, questionando as conquistas da data-base. O julgamento do dissídio ocorreu na quarta-feira passada, quando o TRT concedeu reajuste salarial de 8,76%, extensivo aos benefícios como vale-refeição, cesta básica e ‘plr’.
A Vale Fertilizantes fica na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, também conhecida por Piaçaguera-Guarujá, nas imediações da Usiminas (antiga Cosipa).
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