Governo e Centrais Sindicais fecharam nesta terça-feira (11)
acordo para discutir os projetos de terceirização que tramitam na Câmara dos
Deputados e Senado e negociar um projeto único, com a participação de todos os
atores envolvidos, tanto o governo, quanto trabalhadores, empregadores e o
Congresso Nacional.
O relatório do projeto de lei sobre
terceirização, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), que prevê
a contratação de serviços para qualquer atividade da empresa, sem estabelecer
limites ao tipo de serviço que pode ser alvo de terceirização, tem a
expectativa de ser lido na sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
da Câmara desta terça-feira. Tanto governo quanto trabalhadores pedem a
retirada do projeto.
As discussões ocorreram, nesta
terça-feira, na 2ª reunião da Mesa de Diálogo do governo com as Centrais
Sindicais, com a participação do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria
Geral da Presidência da República, e Manoel Dias, do Trabalho e Emprego.
Na reunão o governo e as cinco
centrais sindicais - Força Sindical , Central Única dos Trabalhadores (CUT),
União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras
Brasileiros (CTB) e Nova Central Sindical de Trabalhadores
(NCST) decidiram chamar os empregadores e o Congresso Nacional para uma
mesa de negociação quadripartite que vai discutir a questão da terceirização e
criar um projeto de consenso a ser levado para votação no plenário. “Vamos
chamar os empregadores e o Congresso. A proposta do governo e das centrais é a
formação de uma comissão quatripartite com a participação do governo, das
centrais, dos empregadores e do Congresso Nacional. As centrais vão procurar o
autor e o relator do projeto no sentido de tentar encaminhar essa forma de
debate para encontrar uma solução que atenda a todos”, disse o ministro Manoel
Dias.
O ministro Gilberto Carvalho afirmou
que o governo vem apostando numa proposta consensual para a questão. “Estamos
fazendo um esforço e contando com as Centrais Sindicais para construir uma
proposta negociada que tenha o apoio de todos os envolvidos. Vamos chamar para
a mesa os empregadores e também o Congresso para juntos fecharmos uma proposta
de consenso”, afirmou.
Porém, Gilberto Carvalho frisou que a
questão da terceirização na iniciativa privada e no serviço público precisam
ser tratadas de forma diferenciada. “São duas questões que precisam ser
tratadas de forma diferente”, avaliou.
Para as centrais a maior vitória foi
trazer o assunto para a mesa de negociação. “A proposta de uma mesa
quadripartite foi bem aceita pelos trabalhadores. Só assim vamos encontrar uma
saída negociada para a questão da terceirização”, avaliou o presidente da CUT,
Wagner Freitas.
O governo se comprometeu a chamar os
empregadores para o diálogo e discutir com os deputados as propostas em
tramitação sobre o assunto, para criar então a mesa quadripartite e chegar a um
consenso sobre a questão. “Na Mesa vamos poder discutir os projetos em
tramitação e construir um projeto único, com a contribuição de todos, o que vai
permitir uma tramitação tranquila no Congresso e pronto para ser sancionado
pelo governo”, avaliou o ministro Manoel Dias.
Representatividade – No final da reunião o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel
Dias, entregou aos representantes das centrais sindicais o Certificado de
Representatividade. A apuração da representatividade sindical é feita com base
nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Nacional
de Entidades Sindicais. As centrais sindicais que no ano-base de referência
atingiram os requisitos legais são consideradas para efeito de cálculo da taxa
de proporcionalidade (TP). A Caixa Econômica Federal é a responsável pela
transferência da contribuição sindical relativa às centrais sindicais, com base
nessa taxa de proporcionalidade.
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