Relator da reforma pode criar nova regra de transição para ter apoio


O relator da reforma Previdenciária, Samuel Moreira (PSDB/SP) indicou líderes da Câmara, neste último domingo (9), dando entender que poderá fazer no texto para angariar maior apoio a proposta. Dois pontos, porém, ainda precisam ser alvo de debate devido ao grande impacto com a reforma: as novas regras do abono salarial e o desenho definitivo da transição para os servidores públicos e para trabalhadores da iniciativa privada vinculados ao INSS.

O relator também poderá incluir uma regra de transição, além das três sugeridas para quem está próximo de se aposentar. Por isso, estão dizendo que o deputado decidiu adiar a apresentação do seu parecer para a próxima quinta-feira (13), após discutir o tema com os governadores e novamente com líderes partidários.

Nesse último domingo, o relator se reuniu com o presidente Rodrigo Maia (DEM/RJ), secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, e com líderes de nove partidos para residencial oficial da Câmara. No encontro, ele apresentou os termos do seu relatório para começar a construir uma maioria que viabilize a votação especial que analisa a reforma até dia 15 de junho.

MAIS TRABALHADORES PAGANDO “PEDÁGIO”
Segundo relatos de pessoas presentes à reunião, Moreira (relator) acenou com a possibilidade de abarcar mais trabalhadores do INSS na regra de transição que exige o cumprimento de um “pedágio” de 50% sobre o tempo que falta hoje para se aposentar. Essa opção hoje é prevista apenas para quem está a dois anos de pedir o benefício e ainda prevê o cálculo do benefício pelo fator previdenciário – que na prática achata o valor da aposentadoria.

A proposta ainda não é oficial, a área econômica precisa fazer as contas e verificar se essa flexibilização seria possível diante da meta do governo de obter uma reforma robusta. As regras de transição têm um peso determinado para definir a economia, que o projeto original do presidente pretende atingir que é de R$ 1,2 trilhão em uma década.

DE “OLHO” NO ABONO SALARIAL
Segundo o relator da MP da Previdência, o projeto precisa ser mais discutido. Outro ponto que ainda depende de cálculo da área econômica é a definição de quem continuaria recebendo o abono salarial. Hoje, o benefício é concedido a trabalhadores que ganham até dois salários mínimos e a proposta do governo era restringir a quem recebe um piso. Uma proposta intermediaria entre 1,4 e 1,6 salário mínimo, está em análise pelo relator. No entanto, o mais provável, segundo lideranças é o que o abano fique restrito à faixa de até 1,4 salário mínimo, ou seja, R$ 1.397,20.


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