Trabalhadores sofrem com roupas inadequadas para tanto calor



Fonte: G1
Sol que parece um maçarico ligado, cidade que virou um forno e figurinos que não combinam com nada disso. Botas e luvas de couro, calça e camisa de manga comprida e de tecido grosso.

“Estou todo suado por dentro. Suo, fica quente por dentro”, afirma o ajudante José Valdeci Barros Nunes.

O uniforme é exigência da profissão. “Com a roupa anti-chamas, calçado, bota. Isso aí é comum para gente”, conta o encarregado de obras Cícero Mauro dos santos.
Poucos têm a sorte do entregador de gelo. Os taxistas também vão sofrer menos, depois que a Prefeitura do Rio liberou bermudas no verão, mas no ônibus sem ar-condicionado o motorista tem que andar engravatado.

No rigor do Exército, os militares se revezam no sol. A farda completa e o fuzil chegam a pesar 15 quilos, mas o comando aliviou as atividades físicas.
“Não tem sido feita nesses dias, porque o calor está excessivo. A bandeira preta que nós colocamos como código realmente nós não estamos fazendo”, relata o General José Alberto Abreu, comandante da Primeira Divisão do Exército.
O forte calor também provocou mudanças no uniforme da Polícia Militar de Mato Grosso. As fardas, que eram de tecido sintético, agora são de algodão. Em São José dos Campos, no interior de São Paulo, uma juíza fechou, nesta quarta-feira (8), o Fórum Trabalhista, por causa da alta temperatura no prédio.
Se o excesso de roupa faz sofrer nesse calorão, imagine em Bangu, o bairro carioca mais quente de todos, onde a temperatura é sempre 4°C ou 5°C acima da média da cidade. Deve ser por isso que os advogados que trabalham lá são os mais empenhados numa campanha da OAB, que quer acabar com a obrigatoriedade do paletó e da gravata.
“A gente não pode abrir mão de brigar pela saúde do profissional“, declarou o advogado Marcelo Augusto de Oliveira.
No Fórum de Bangu, a OAB contratou enfermeiros para cuidar dos advogados que passam mal.

E em defesa da campanha, basta tirar o paletó.

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