Trabalhadores do setor de fertilizantes podem paralisar a sede da Vale



Em campanha salarial unificada que não avança, trabalhadores de seis unidades de produção de minério e fertilizantes do país podem paralisar a sede administrativa da Vale do Rio Doce, no Centro do Rio, na próxima semana.

O anúncio foi feito no dia 23 de janeiro pelo presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico (CNTQ), Antonio Silvan Oliveira, após reunião com o presidente da Força Sindical RJ, Francisco Dal Prá, o presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico do RJ, Isaac Wallace, e o presidente do Sindicato dos Químicos de Nova Iguaçu e Região, Sandoval Marques, na sede da Força Rio. As negociações começaram em 2013 e, caso não haja, mais uma vez, avanços na reunião marcada para amanhã (dia 24) entre a direção da Vale e a CNTQ, dirigentes sindicais e trabalhadores das unidades de Araxá (MG), Uberaba (MG), Catalão (GO), Cubatão (SP), Ribeirão Preto (SP) e Cajatí (SP) podem se concentrar em frente o edifício sede da Vale no Rio de Janeiro.
“A luta conjunta é uma das alternativas que os trabalhadores do setor de fertilizantes têm para conquistar as melhorias salariais e nas condições de trabalho que almejam, levando em consideração particularidades regionais”, afirmou Antonio Silvan. Segundo o presidente da Confederação dos Químicos, as reivindicações em comum são isonomia salarial (salários iguais para a mesma função), melhores condições de trabalho e segurança no ambiente de trabalho.
Trabalhadores do setor de fertilizantes podem paralisar a sede da Vale
“As negociações, até agora, só patinaram”, avaliou Silvan. Na unidade de Catalão, por exemplo, segundo o presidente da CNTQ, a maior defasagem está no salário dos operadores de produção. Antonio Silvan afirmou que a empresa se comprometeu, em novembro do ano passado, a apresentar uma proposta de melhoria salarial em 30 dias. Mas, em dezembro, não trouxe a proposta para a mesa de negociação, nem estabeleceu novo prazo para apresentar, ao menos, estudos preliminares. Resultado: os trabalhadores de Catalão paralisaram a unidade de 9 a 12 de janeiro.
O presidente da Força Sindical RJ disse que, em nome da unidade sindical, a Força Rio dará todo o apoio necessário aos trabalhadores, já que a sede da Vale é no Rio de Janeiro. “Só estamos aguardando a palavra final da CNTQ para dar continuidade ao processo”, arrematou Dal Prá.
Participaram ainda o encontro de hoje o secretário geral da Força Rio, David de Souza, e o secretário de Comunicação e Imprensa, Marcelo Peres.

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