Fonte:
Valor Econômico
Apesar dos conhecidos
gargalos logísticos no Brasil, a recomposição da oferta de grãos no país nesta
safra 2012/13 depois da quebra da produção no ciclo passado e a melhora de
cenário no segmento sucroalcooleiro colaboraram para a melhora dos resultados
globais da Bunge noprimeiro trimestre.
Conforme balanço divulgado
ontem, a multinacional americana encerrou o intervalo com vendas líquidas
totais de US$ 14,785 bilhões, 14,5% mais que entre janeiro e março de 2012. O resultado
antes de juros e impostos alcançou US$ 260 milhões, um aumento de 30% em igual comparação,
e o lucro líquido atribuível aos acionistas subiu 102,4%, para US$ 170 milhões.
"Tivemos um primeiro
trimestre sólido", resumiu o principal executivo do grupo, o brasileiro Alberto
Weisser, em comunicado. A companhia não entrou em detalhes sobre a performance de
seus negócios no Brasil, mas as exportações de sua subsidiária no país seguem
firmes.
Mesmo com um relativo
"atraso" nos embarques nacionais de soja, em parte causado pelo congestionamento
no porto de Santos (SP) - que registrou volumes atipicamente elevados de milho
-, as vendas da subsidiária Bunge Alimentos ao exterior renderam US$ 1,097
bilhão no primeiro trimestre, ante US$ 1,154 bilhão até março de 2012. A
empresa foi a quarta maior exportadora do país no período, atrás de Vale (US$
5,567 bilhões), Petrobras (US$ 2,770bilhões) e BRF (US$ 1,241 bilhão).
Na divisão dos resultados
antes de juros e impostos por segmento de atuação da Bunge, houve queda na
comparação entre os primeiros trimestres de 2012 e 2013 apenas em
"agribusiness",que concentra as exportações de commodities - de US$
197 milhões para US$ 175 milhões.
Na área de alimentos e
ingredientes, o valor aumentou de US$ 48 milhões para US$ 59milhões, em açúcar
e bioenergia o resultado negativo de US$ 33 milhões registrado no ano passado
se tornou positivo em US$ 23 milhões e em fertilizantes houve ganho de US$ 3milhões,
ante uma perda de US$ 12 milhões no primeiro trimestre do ano passado.
No mercado de grãos, a Bunge
engrossa o coro dos que preveem uma acomodação dos preços internacionais em
patamares mais baixos nos próximos meses, em virtude da boa colheita na América
do Sul em 2012/13 e das perspectivas de recuperação nos EUA no ciclo 2013/14,
que está sendo plantado.
Nesse contexto, Weisser, que
será substituído como CEO global da Bunge em junho por Soren Schroder, que hoje
comanda as operações na América do Norte, confia particularmente na melhora do
desempenho dos negócios sucroalcooleiros no Brasil ao longo do ano. Na terça-feira,
o governo federal anunciou novas medidas de apoio à produção de etanol.
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