Fonte: Reuters
Centenas de manifestantes
bloquearam a entrada da maior mina de carvão da Vale em Moçambique nesta
quarta-feira, afirmando que a gigante do minério não lhes pagou uma compensação
adequada para realocá-los, há cinco anos.
A Vale disse que o protesto
não afetou a produção, mas a manifestação ressaltou um problema persistente da
empresa de mineração em relação aos moçambicanos pobres,irritados com o que
segundo eles são táticas para obrigá-los a se mudar a fim de explorar os
depósitos de carvão.
"Todo o acesso da
companhia foi bloqueado. Os trabalhadores tiveram que esgueirar-se por saídas
menores", disse por telefone um trabalhador da Vale que pediu para não ser
identificado.
O protesto, que começou na
terça-feira, eclodiu após mais de um ano de negociações entre a empresa e os
manifestantes, que foram reassentados em 2008 para dar espaço para amina de
carvão de Moatize, no noroeste do país africano
.
Em janeiro de 2010, cerca de
700 famílias realocadas para cerca de 60 km de onde está localizada Moatize
realizaram um protesto sob alegações de falta de férteis para agricultura em
sua área de reassentamento.
A Vale disse que realizou as
relocações de forma justa e equitativa.
A estatal brasileira e a
gigante global da mineração, Rio Tinto, realizaram fortes investimentos na
região de Moatize, atraídos pela estimativa de que haveria 23 milhões de toneladas
de carvão no local.
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