Prezados Companheiros e
Companheiras,
Nesta data, todos os anos, são realizadas ações em memória das
vítimas de acidentes e das mortes em decorrência das doenças decorrentes do
trabalho.
No momento atual, nossa
preocupação é maior por causa da precarização dos trabalhos mesmo em face dos
avanços tecnológicos e pela falta injustificável de uma fiscalização ampla por
parte dos Órgãos Governamentais que devem, obrigatoriamente, zelar pela
Segurança e Saúde dos trabalhadores e trabalhadoras do nosso País.
“Segundo estimativas da
OIT, de um total de 2,34 milhões de acidentes de trabalho fatais a cada ano,
apenas 321.000 são devido a acidentes. Os restantes 2,02 milhões de mortes são
causadas por diferentes tipos de doenças relacionadas ao trabalho, o
equivalente a uma média diária de mais de 5.500 mortes. Este é um déficit
inaceitável de trabalho decente.”
A falta de prevenção de doenças ocupacionais tem graves efeitos
negativos para os trabalhadores e suas famílias. Além disso, a sociedade como
um todo também sai perdendo, pois custo social acaba sendo enorme, em
particular, no que diz respeito à redução da produtividade, além, é claro, do
custo emocional decorrente das vidas perdidas.
Prevenir é o melhor caminho. Bem menos oneroso do que as
consequências quanto ao tratamento e a reabilitação.
O Brasil precisa mudar esse panorama. Para isso, são necessárias
mudanças concretas, ações firmes, adoção de medidas viáveis e punições
exemplares para aqueles que não cumprirem as normas de segurança.
A OIT, neste ano, vai
preparar um relatório sobre Segurança e Saúde no Trabalho e Meio Ambiente, que
servirá para dar pano de fundo ao tema. “Vai chamar os governos, empregadores e
trabalhadores e suas organizações para colaborar no desenvolvimento e implementação
de políticas e estratégias nacionais para a prevenção de doenças.”
Como todos os anos,
continuamos lutando por condições de trabalho mais seguras e saudáveis. Como
todos os anos, continuamos a ver acontecimentos tristes e evitáveis. Como todos
os anos, deixamos o nosso protesto registrado.
Acreditamos num futuro melhor. Por isso continuamos combativos.
Esperamos que a dor de hoje pelas perdas de entes queridos, possam, pelo menos,
serem motivos de reflexão para quem deve evitar futuras perdas.
Nosso permanente lamento será registrado enquanto essa realidade
não se modificar.
Vamos manter a esperança de um futuro melhor! É preciso acreditar
que nosso trabalho não é em vão. A luta continua, Companheiros e Companheiras!
João Donizeti Scaboli, responsável pelo departamento de saúde do
trabalhador da FEQUIMFAR
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