Empresa não pode transferir trabalhador sem motivo e sem previsão contratual



O empregador só pode transferir o seu empregado para outra cidade se o contrato de trabalho entabulado entre ambos previr essa possibilidade, além de comprovar a real necessidade de serviço. Por desconsiderar esse entendimento, o Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul considerou abusiva a transferência de uma empregada por parte da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). A decisão se baseia no parágrafo 1º do artigo 469 da Consolidação das Leis do Trabalho e na Súmula 43 do Tribunal Superior do Trabalho. 
A autora, lotada na unidade do município de São Lourenço, foi transferida para Pinheiro Machado por ‘‘necessidade de serviço’’. Na realidade, segundo apurou a Justiça do Trabalho, o motivo real foi retaliação por ter dado causa a um Processo-Administrativo Disciplinar que apura o assédio sexual praticado por um colega contra ela.
No primeiro grau, o juiz do Trabalho Alcides Otto Flinkerbusch, da Vara do Trabalho de Camaquã, destacou, na sentença, que a Corsan não apresentou relatório de lotação de suas unidades, nem a demanda de serviço de cada uma, a fim de comprovar a alegada sobrecarga de serviço no município de Pinheiro Machado.
‘‘Não há como concluir de forma diversa de que a transferência ocorreu única e exclusivamente pelo conflito da autora com o colega de trabalho, ficando caracterizado o abuso na conduta da ré’’, definiu o juiz.
No TRT, o relator do recurso, desembargador André Reverbel Fernandes, da 9ª Turma, confirmou a decisão do juízo de origem na íntegra. ‘‘A transferência foi em razão do processo administrativo. Conclui-se que a simples existência desse não justifica a transferência do empregado, em face dos termos do artigo 469 da CLT’’, resumiu. O acórdão foi lavrado na sessão de julgamento do dia 28 de fevereiro.
O caso
Na reclamatória que ajuizou contra a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), com pedido de liminar, a autora disse que foi contratada em abril de 2008, no cargo de ‘‘Técnico em Química’’. Inicialmente, prestou serviços em Carazinho e, a partir de março de 2011, em São Lourenço do Sul. Afirmou que, desde a sua chegada à Unidade de São Lourenço do Sul, foi vítima de severa perseguição de sua superiora hierárquica, a gerente da unidade, que sempre lhe dispensou tratamento diferenciado e constrangedor.
Além disso, narrou que foi vítima de assédio sexual por parte de um colega de trabalho, o que tornou impossível a convivência de ambos na mesma unidade. Por conta do assédio sofrido, disse que a Corsan simplesmente a transferiu para o município de Pinheiro Machado, sem a sua anuência. Por entender abusiva a conduta do empregador, pediu à Justiça a declaração de nulidade do ato de transferência, com a consequente restauração de seu antigo posto de trabalho.
Em despacho, a Vara do Trabalho de Camaquã — cujo Posto Avançado atende São Lourenço do Sul — reconheceu o perigo de demora e concedeu a tutela antecipada, determinando a suspensão da transferência da reclamante.
A Corsan sustentou, em sua defesa, que o edital do concurso que aprovou a autora prevê a prestação de serviços em qualquer das localidades em que a empregadora tenha sede. O motivo da transferência da autora teria se dado, exclusivamente, por aumento no volume de trabalho na unidade de Pinheiro Machado, uma vez que o ‘‘Técnico Químico’’ pediu demissão. Explicou, ainda, que a transferência insere-se no jus variandi — direito do empregador de alterar de forma impositiva e unilateral as condições de trabalho do empregado.
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Seus Direitos: Tribunal do Trabalho definiu critérios para demissão em massa




A demissão em massa deve ter um motivo, que pode ser econômico, tecnológico ou de alteração na estrutura da empresa. Uma crise financeira ou o fechamento de uma linha de produção são justificativas para uma dispensa coletiva. Esse foi entendimento da Seção Especializada em Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho ao afastar a hipótese de demissão em massa pela metalúrgica Eaton. 
“O núcleo do conceito de demissão coletiva está associado a um fato objetivo alheio à pessoa do empregado", afirmou a ministra Maria de Assis Calsing, relatora. Em seu voto, ela concluiu que no caso da metalúrgica ficou comprovado que as demissões estão dentro dos parâmetros normais de fluxo de mão de obra da empresa.
Repercussão                                                         
Segundo reportagem do Valor Econômico, advogados trabalhistas consideraram a decisão importante por dois motivos: não há regulamentação sobre o assunto e o próprio TST tem condenado empresas que realizaram demissões em massa sem negociar previamente com sindicatos de trabalhadores. "A decisão baliza a realização de dispensas com segurança por empregadores", afirma o advogado do caso Fernando Abdala, do Abdala, Castilho e Fernandes Advogados Associados.
A inexistência de critérios implica risco e custo às empresas. Quando não são chamados à negociação, os sindicatos têm exigido na Justiça a nulidade das dispensas, a reintegração e o pagamento de indenização aos trabalhadores.
Nos casos em que participam do acordo, os sindicatos condicionam a demissão à manutenção de benefícios. Além das verbas pagas em uma rescisão sem justa causa (aviso prévio, 13º salário e férias proporcionais, além dos 40% do FGTS), o empregador garante por um determinado tempo o pagamento de plano de saúde e vales-alimentação e refeição, além de abonos salariais e requalificação profissional.
Segundo a advogada Priscila da Rocha Lago, do Trench, Rossi e Watanabe, que atuou na defesa da Eaton, o TST indicou que avaliará a variação no quadro de pessoal da empresa. "No caso, não houve um pico de desligamento. Pode ter havido uma quantidade alta de demissões em determinado período, mas que foram compensadas com recontratações", diz.
Nos casos da Embraer e da Novelis do Brasil, também analisados pelo TST, os percentuais de dispensa foram maiores: 20% e 100% dos funcionários de unidades fabris, respectivamente. "Foram casos em que a rotina da empresa mudou bruscamente", afirma Abdala. Nas duas situações, a Corte reconheceu a demissão em massa, e exigiu a negociação prévia com os sindicalistas. Apenas a Novelis, porém, foi condenada, em dezembro de 2012, a indenizar os 400 empregados demitidos em dezembro de 2010 da fábrica de Aratu, na Bahia.
Quem baterá o martelo sobre a necessidade ou não de acordo prévio, porém, é o Supremo Tribunal Federal. Neste mês, os ministros reconheceram a repercussão geral do tema.
Para o advogado Mauro Menezes, sócio do Alino & Roberto Advogados, o TST está apenas começando a desenhar sua jurisprudência sobre o conceito de demissão coletiva. "Por enquanto, a Corte está fixando um critério menos rigoroso", diz, acrescentando que discorda do critério de extinção de cargos para caracterizar a dispensa em massa. "Se a companhia troca os funcionários para pagar um salário menor aos novos empregados, a hipótese demissão coletiva não pode ser afastada", diz.
Já o advogado Daniel Chiode, do Gasparini, De Cresci e Nogueira de Lima Advogados, diz que a decisão se destaca pelo esforço do TST em definir critérios objetivos que deem previsibilidade às empresas.
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Vale vai ter que pagar salários por mais cinco meses a trabalhadores da Argentina



Fonte: Valor Econômico 

A mineradora Vale vai pagar, por cinco meses, meio salário a 2,9 mil trabalhadores de empresas terceirizadas que tocavam as obras do projeto Rio Colorado, de extração de potássio, na província de Mendoza, na Argentina. O anúncio foi feito pelo governador da província, Francisco Perez.
De acordo com Perez, com o acordo, fechado pela mineradora com o principal sindicato de construção do país, fica viabilizado o desligamento gradual dos empregados envolvidos no projeto, paralisado desde janeiro e suspenso de maneira oficial desde o mês passado.
Perez diz que o governo brasileiro contribuiu para "reaproximar as partes", mas não deve participar de maneira direta ou indireta na reengenharia financeira do projeto. De acordo com entrevista gravada e distribuída pela assessoria do governador, empresas chinesas e indianas já solicitaram estudos de viabilidade em relação ao projeto.
O desinvestimento da Vale foi um dos temas da reunião entre as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner, durante encontro bilateral entre Brasil e Argentina, em Buenos Aires.
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CLT sofreu quase 500 mudanças em 70 anos


 

Sancionada no dia 1º de maio de 1943, a Consolidação das Leis do Trabalho está prestes a completar 70 anos. Ao longo desse período, a CLT já sofreu quase 500 mudanças. Apesar do número expressivo de alterações, a legislação ainda precisa avançar, na opinião de advogados das empresas. Um dos pontos de maior preocupação é a terceirização, cujos contratos levam milhares de processos ao Judiciário. 
Criada pelo Decreto-lei 5.452, de 1º de maio de 1943, e sancionada pelo presidente Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo, a CLT unificou toda a legislação trabalhista então existente no Brasil. Além disso, foi um marco por inserir, de forma definitiva, os direitos trabalhistas na legislação brasileira. O objetivo principal foi regulamentar as relações individuais e coletivas do trabalho nela previstas. A CLT surgiu como uma necessidade constitucional, após a criação da Justiça do Trabalho.
“A CLT precisa abandonar o apego excessivo às pessoas físicas e se voltar também para a realidade das pessoas jurídicas, motores econômicos do país”, resume o advogado Raphael Augusto Campos Horta, sócio do Marcelo Tostes Advogados. Segundo ele, a CLT precisa se modernizar para incorporar verdadeiros princípios da flexibilização e da autonomia privada coletiva, consagrados na própria Constituição. Essa modernização, segundo ele, “reduzirá a grande quantidade de jurisprudência díspar dos tribunais trabalhistas sobre um mesmo tema, aumentando assim a segurança das empresas na condução das relações de trabalho e emprego, principalmente em relação a assunto sensíveis e que causam enorme impacto financeiro para os empreendedores, tais como terceirizações e ‘pejotizações’”.
A terceirização, mencionada por Horta, também é motivo de crítica da advogada Cristiane Haik, do Salusse Marangoni Advogados. Atualmente, os terceirizados correspondem a 24% dos 44 milhões de trabalhadores brasileiros com carteira assinada, de acordo com dados do Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros (Sideprestem). 
A advogada ressalta que, apesar dos números e da importância do fenômeno da terceirização, inexiste lei para tratar da matéria. “Hoje se encontram tramitando ao menos três projetos de lei a tratar do assunto, uns mais rígidos e outros menos, mas o fato é que se arrastam por anos sem aprovação”, observa. Ela lembra, no entanto que, na falta de previsão legal, a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho, mesmo sem força vinculante, trata das regras para a terceirização no Brasil e funciona como “excelente instrumento de prevenção de litígios nas relações trabalhistas”. O enunciado responsabiliza contratantes de empresas terceirizadas por dívidas trabalhistas em caso de não acompanhamento das obrigações pelas contratadas.
A advogada Bianca Maria Marques Ribeiro, do Ulisses Sousa Advogados Associados, também menciona outras alterações recentes do TST nas relações trabalhistas. “É preciso destacar as últimas alterações nas Súmulas e Orientações Jurisprudenciais, que possuem a finalidade clara de proteger a dignidade da pessoa humana, privilegiando sobremaneira o trabalhador, considerado hipossuficiente na relação trabalhista”, ressalta. A advogada cita a Súmula 244, item III, que passou a assegurar estabilidade provisória constitucional para gestantes, ainda que contratadas em regime de prazo determinado, como por exemplo, os contratos de experiência. E, ainda, a alteração da Súmula 378, item III, que reconheceu a estabilidade provisória ao empregado que sofre acidente de trabalho. “Ambas as alterações visam exclusivamente a segurança jurídica do empregado, vez que garantem a estabilidade provisória ainda que em contratados por tempo determinado. Mas o que dizer sobre os empregadores?” questiona.
Para a advogada, tais alterações superam a responsabilidade que deve ser arcada pelo empregador, principalmente no caso da estabilidade da gestante. “Apesar do principio da hipossuficiência do empregado e da presunção de superioridade do empregador, tal alteração trouxe benefícios para apenas um dos lados desta relação, acarretando um ônus elevadíssimo a ser suportado pelos empregadores”, afirma.
Na avaliação da advogada Daniela Moreira Sampaio Ribeiro, sócia do Trigueiros Fontes Advogados, falta flexibilidade à legislação atual para viabilizar novos investimentos e contratações, desburocratizando o mercado de trabalho. “As empresas enfrentam grandes dificuldades diante de uma legislação engessada, que impõe uma série de condições adversas em contraponto às rápidas mudanças no mercado”, afirma. Para ela, “questões importantes precisam ser enfrentadas, como, por exemplo, a flexibilização da jornada de trabalho, a ampliação da autonomia nas negociações entre patrões e empregados, a redução dos encargos trabalhistas e a regulamentação da terceirização de serviços”.
José Alberto Couto Maciel, membro do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp), reconhece que há um “certo engessamento dos direitos trabalhistas” no país. “Mas a CLT não tem culpa disso”, diz. Segundo ele, a CLT, como nasceu, não está mais em vigor no país. “Os direitos trabalhistas foram todos revisados pela Constituição de 1988, inclusive na parte sindical”, afirma.        
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Presidente do STIQUIFAR participa de reunião no Ministério da Previdência em Brasília



O Stiquifar, representado por sua presidente Maria das Graças Carriconde, atendeu o convite da CNTQ, e participou de reunião convocada pelo Ministério da Previdência Social onde foi discutida a ampliação de membros do Conselho Nacional de Previdência Social, CNPS,  orgão da instituição que visa promover debates sobre políticas públicas no que se refere à previdência social atendendo a sociedade civil como um todo, na ocasião a bancada profissional é representada pelas centrais sindicais. 
Veja alguns assuntos que foram apreciados no encontro:
Buscar mais efetividade na formulação, execução e controle da política previdenciária, assegurando a participação dos representantes dos órgãos do governo, das organizações de empregadores, trabalhadores e aposentados e pensionistas  da previdência;
Recomendar medidas que fortaleçam a sistema previdenciário;
Propor políticas que fortaleçam a proteção social de trabalhadores e suas famílias em especial os mais vulneráveis;
Promoção da igualdade de oportunidade e de tratamento e não-discriminização no mundo do trabalho e na proteção social, assegurando a total inclusão previdenciária;
Propor iniciativas para facilitar a transição das atividades informais para formalidade;
Realizações de ações integradas e campanhas de prevenção e diminuição  dos acidentes de trabalho e doenças relacionadas ao trabalho;
Medidas que auxiliem a melhoria do atendimento da pericia médica;
Transparência da gestão previdenciária  e o fortalecimento do controle democrático e do dialogo social;
O sindicato reafirma seu compromisso com seus sindicalizados e com a sociedade como um todo.  Levando a mesa de reuniões todos os anseios que os trabalhadores almejam do setor público, cobrando mudanças e melhorias nas relações de trabalho. 
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Resultados globais da Bunge melhoram



Fonte: Valor Econômico
Apesar dos conhecidos gargalos logísticos no Brasil, a recomposição da oferta de grãos no país nesta safra 2012/13 depois da quebra da produção no ciclo passado e a melhora de cenário no segmento sucroalcooleiro colaboraram para a melhora dos resultados globais da Bunge noprimeiro trimestre.
Conforme balanço divulgado ontem, a multinacional americana encerrou o intervalo com vendas líquidas totais de US$ 14,785 bilhões, 14,5% mais que entre janeiro e março de 2012. O resultado antes de juros e impostos alcançou US$ 260 milhões, um aumento de 30% em igual comparação, e o lucro líquido atribuível aos acionistas subiu 102,4%, para US$ 170 milhões.
"Tivemos um primeiro trimestre sólido", resumiu o principal executivo do grupo, o brasileiro Alberto Weisser, em comunicado. A companhia não entrou em detalhes sobre a performance de seus negócios no Brasil, mas as exportações de sua subsidiária no país seguem firmes.
Mesmo com um relativo "atraso" nos embarques nacionais de soja, em parte causado pelo congestionamento no porto de Santos (SP) - que registrou volumes atipicamente elevados de milho -, as vendas da subsidiária Bunge Alimentos ao exterior renderam US$ 1,097 bilhão no primeiro trimestre, ante US$ 1,154 bilhão até março de 2012. A empresa foi a quarta maior exportadora do país no período, atrás de Vale (US$ 5,567 bilhões), Petrobras (US$ 2,770bilhões) e BRF (US$ 1,241 bilhão).

Na divisão dos resultados antes de juros e impostos por segmento de atuação da Bunge, houve queda na comparação entre os primeiros trimestres de 2012 e 2013 apenas em "agribusiness",que concentra as exportações de commodities - de US$ 197 milhões para US$ 175 milhões.
Na área de alimentos e ingredientes, o valor aumentou de US$ 48 milhões para US$ 59milhões, em açúcar e bioenergia o resultado negativo de US$ 33 milhões registrado no ano passado se tornou positivo em US$ 23 milhões e em fertilizantes houve ganho de US$ 3milhões, ante uma perda de US$ 12 milhões no primeiro trimestre do ano passado.

No mercado de grãos, a Bunge engrossa o coro dos que preveem uma acomodação dos preços internacionais em patamares mais baixos nos próximos meses, em virtude da boa colheita na América do Sul em 2012/13 e das perspectivas de recuperação nos EUA no ciclo 2013/14, que está sendo plantado.

Nesse contexto, Weisser, que será substituído como CEO global da Bunge em junho por Soren Schroder, que hoje comanda as operações na América do Norte, confia particularmente na melhora do desempenho dos negócios sucroalcooleiros no Brasil ao longo do ano. Na terça-feira, o governo federal anunciou novas medidas de apoio à produção de etanol.
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Fábrica no Mato Grosso do Sul reduzirá em 40% compra de fertilizantes pelo Brasil

Fonte: Jornal Dia a Dia
Em construção, a unidade de US$ 2,5 bilhões da Petrobras deve gerar 9 mil empregos no pico da obra, em novembro; inauguração está prevista para setembro do próximo ano
No segundo semestre de 2014, provavelmente em setembro, quando autoridades soarem a sirene dando por inaugurada a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III) da Petrobras, em Três Lagoas, o Brasil estará dando mais um passo para reduzir a dependência de importação de um insumo essencial para a melhoria da produtividade da agricultura nacional. E Três Lagoas estará fazendo jus ao papel de cidade que apresenta o maior crescimento na região Centro-Oeste. Nos últimos oito anos, o município recebeu R$ 15 bilhões em investimentos criando em torno de 15 mil empregos diretos.
Em fevereiro passado, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, esteve no município fazendo uma visita à unidade e garantiu que o cronograma da obra, iniciada com a terraplanagem em abril de 2011, está mantido, não sofrerá contratempos, e a inauguração acontecerá dentro do prazo. Trabalhadores chegaram a paralisar a obra insatisfeitos com as condições dos alojamentos e também por questões salariais. Atualmente, a obra está na fase de conclusão das bases dos equipamentos e montagem de estruturas metálicas e tubulações.
Três Lagoas é hoje o segundo PIB industrial de Mato Grosso do Sul (atrás apenas da Capital). Com cerca de 3 mil empresas instaladas e 54 indústrias de grande e médio porte, o município responde por 50% do volume de exportação industrial de Mato Grosso do Sul (principais itens são a celulose e farelo de soja). Recentemente a cidade recebeu o título de a Capital Mundial da Celulose (de autoria do deputado Eduardo Rocha-PMDB). O titulo veio com a operação de duas fábricas na cidade, a Fibria e a Eldorado Brasil (com produção para 2014 estimada em 4,3 milhões de toneladas).
De acordo com a Petrobras, a construção da fábrica envolve investimentos de US$ 2,5 bilhões. Quando entrar em operação, a unidade terá capacidade de produzir 1,2 milhão de toneladas/ano de ureia granulada com a comercialização de 70 mil toneladas/ano de amônia (maior parte, 691 mil toneladas, será usada na produção da ureia). Com a nova unidade, a Petrobras vai dobrar a produção nacional de ureia, contribuindo para redução das importações do produto de 66% para 39% da demanda estimada do mercado nacional, de cerca de 4 milhões de toneladas por ano.
Presidente da Petrobras, Graças Foster, chegou a Três Lagoas acompanhada pelos diretores de Gás e Energia, José Alcides Santoro (ao lado), e de Engenharia, José Antônio de Figueiredo, além de outros assessores (Foto: Ricardo Mendes/Perfil News)
Disputa - Pelo menos dez Estados disputavam a fábrica da Petrobras, que integra o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Em 2009 sobraram dois contendores e quem levou a melhor foi Mato Grosso do Sul e justamente sobre o Estado vizinho Mato Grosso, que é o maior produtor nacional de grãos.
Em 24 de novembro de 2009 o governo Federal anunciou oficialmente que a unidade seria instalada em Três Lagoas. A escolha de Mato Grosso do sul seria uma forma de compensar o Estado que no final de maio de 2009 havia perdido para Mato Grosso a disputa para ser uma das sedes para a Copa do Mundo 2014. À época, em almoço com empresários, o governador André Puccinelli (PMDB) anunciou a decisão da Petrobras e festejou: “Vencemos Mato Grosso”.
Prefeita Márcia Moura: "Os investimentos recebidos solidificam nossa economia (Foto: Simão Nogueira)
Logística – Para a prefeita Márcia Moura (PMDB), a posição estratégica e a logística oferecida com três modais (rodovia, hidrovia e ferrovia) foi um dos principais fatores que atrairam grandes investimentos nos últimos anos e que pesaram na escolha da Petrobras por Três Lagoas. “Nossa cidade avança diariamente, prova disso é a construção da Petrobras Fertilizantes UFN III, sendo a maior fábrica de fertilizantes nitrogenados da América Latina. Os investimentos recebidos aqui solidificam nossa economia gerando emprego e renda para a nossa gente”, analisa a prefeita.
Além de estar a 3 km do Gasoduto Brasil-Bolívia (o gás natural é um dos principais insumos para os fertilizantes), a fábrica está a 1 km do modal rodoviário, a 5 km do modal ferroviário, a 9 km do modal hidroviário e também está próxima do mercado alvo de fertilizantes, no interior de São Paulo, Norte do Paraná, Sul e Sudoeste de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A UFN III está sendo construída no Distrito Industrial Córrego da Moeda a 25 km da cidade, às margens da MS-395, sentido Três Lagoas/Brasilândia (entre os Córregos Moeda e Rio Verde). O responsável pela obra é o Consórcio UFN3, formado pelas empresas Galvão Engenharia, GDK e a Sinopec do Brasil, estatal chinesa de petróleo e química, que tem sido parceira da Petrobras em vários empreendimentos.
Vista aérea onde está sendo construída a unidade numa área de 425 hectares (Foto: Ricardo Ojeda/Perfil News)
Incentivos  – O governo do Estado e o município deram todas as condições para que a fábrica se instalasse. A área, por exemplo, de 4.251.975,680 metros quadrados (425 hectares) foi doada de acordo com convênio assinado no qual o Estado bancou R$ 5 milhões e o município R$ 1 milhão para a comprada área.
Em janeiro, o governador André Puccinelli assinou na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, termo de acordo concedendo incentivos fiscais e tributários com isenção de 90% do ICMS. A prefeitura também concedeu isenção de ISS na construção da unidade e de IPTU pelo prazo de 25 anos.
Como forma de estímulo a investimentos que ajudam a reduzir as desigualdades regionais, a unidade também tem incentivos fiscais do Ministério de Minas e Energia por meio do Repenec (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da Indústria Petrolífera nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste) por meio da suspensão das contribuições para PIS/PASEP, equipamentos e materiais de construção.
Graças Foster visitou no município a Missão Salesiana onde está sendo realizado o programa Gerando Futuro (Foto: Ricardo Mendes/Perfil News)
Empregos – O investimento mexe com a economia e traz um retorno imediato. Só nesta fase atual da construção, estão sendo gerados 4 mil empregos com perspectiva de que no pico (previsto para novembro) da obra, o número chegue a 9 mil trabalhadores. Quando estiver em operação, a UFN III vai gerar 510 empregos diretos (mais 1.500 indiretos) entre funções administrativas, técnicas e operacionais. “Estes investimentos acabaram com o desemprego na região e a cidade já vive o chamado pleno emprego, onde faltam trabalhadores, principalmente com qualificação”, diz a prefeita Márcia Moura.
Para dar conta da futura demanda por profissionais, em 2011 a Petrobras lançou a primeira turma do programa Gerando Futuro em parceria com a Missão Salesiana beneficiando, inicialmente,ok 480 jovens de 16 a 18 anos oriundos da rede pública. Eles saem desse programa e disputam um lugar nos vários cursos do Promimp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural), que prepara a mão de obra qualificada com o apoio de entidades como o SENAI, SENAC, e SEBRAE, que ministram diversos cursos técnicos.
Uma demonstração de que a cidade continua em franco crescimento foi o último levantamento do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego referente ao mês de março. O município foi o que mais criou empregos no Estado com 790 contratações, das 3.638 vagas criadas com carteira assinada. Para atender a demanda, a cidade, que atraiu nos últimos sete anos 40 mil novos moradores, melhora a infraestrutura.
A pavimentação asfáltica, por exemplo, avançou de 14% para 62% no município. Em 2014 deve começar a funcionar um curso de Medicina da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Outra obra importante é o Hospital Municipal que deverá estar concluído até o final do próximo ano.
No setor de habitação, a prefeitura, que já havia entregado 1.003 moradias à época que a atual vice-governadora Simone Tebet era prefeita, prepara-se para inaugurar mais 1.224 casas construídas pelo programa Minha Casa, Minha Vida e deverá anunciar a construção de mais 1.432 unidades.
Produtor Carlos Brauner (E), presidente da Aprosoja, Almir Dalpasquale (C), e Sandro, filho de Brauner: agricultura comemora chegada da UFN III(Foto: Rodrigo Pazinato)
Reflexos - Para a agricultura de Mato Grosso do Sul, os reflexos da produção de fertilizante nitrogenado na unidade de Três Lagoas serão sentidos mais precisamente em 2015, na safra de inverno do milho. “O milho consome muito nitrogênio que é importante para o resultado”, diz o presidente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), Almir Dalpasquale, que comemora a chegada da fábrica da Petrobras. A Aprosoja é a entidade que reúne os produtores de soja, milho, sorgo, aveia, trigo entre outras culturas e trabalha para o desenvolvimento do setor.
Segundo os últimos dados, a área utilizada para o plantio do milho safrinha cresceu 20% este ano passando para 1,4 milhão de hectares e a projeção é que sejam colhidas a partir de junho mais de 6 milhões de toneladas aqui no Estado. Na opinião de Dalpasquale, além de agregar muita mão de obra, a produção do fertilizante em nosso Estado facilitará a compra do fertilizante na hora em que for necessário, e também o tornará mais em conta baixando os custos de produção.
Atualmente, além de importar boa parte do fertilizante, os produtores são obrigados a comprar em outros Estados, como Goiás, São Paulo, Paraná e Espírito Santo. “São Paulo, que também é grande produtor de cana, irá se beneficiar, já que a cultura também necessita de nitrogênio”, diz Dalpasquale.
Para o assessor técnico da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e diretor da Aprosoja, Lucas Galvan, a instalação da unidade da Petrobras em Três Lagoas foi uma grande conquista para o Estado e os produtores. “O Estado ganha na questão financeira, com a arrecadação de ICMS. E os produtores terão acesso ao fertilizante a um preço mais acessível e também com a possibilidade de receber o produto de forma mais rápida, já que será produzido aqui”. Avaliou.
“Para nós, a proximidade da fábrica vai facilitar a aquisição do produto e também deverá baratear o custo de produção”, avalia o produtor rural Carlos Antônio Brauner, que possui três fazendas na região de Bandeirantes. O fertilizante aplicado em suas propriedades, Estância Priscila, Estância Leopoldina e Estância Bom Jesus, é importado e Brauner conta que para este ano comprou cerca de 1.300 toneladas a um custo de R$ 1,560 milhão (base de R$ 1,2 mil por tonelada). Para o milho safrinha, ele destinou uma área de 1.800 hectares de onde deverá colher cerca de 130 mil sacas.
Placa indica entrada do canteiro de obras da UFN III (Foto: Ricardo Ojeda/Perfil News)
Produção triplicada – A fábrica de fertilizantes de Três Lagoas será a terceira unidade da Petrobras que já possui complexos na Bahia (já em operação) e Sergipe. Com a entrada em operação das unidades de Três Lagoas e Laranjeiras, em Sergipe, a Petrobras pretende mais que triplicar a produção de fertilizantes nitrogenados.
Conforme o Plano de Negócios e Gestão para o período 2012/2016, lançado em agosto do ano passado, a capacidade que atualmente é de 1,1 milhão de toneladas/ano deverá passar para mais de 3 milhões de toneladas com as novas unidades. Na análise do diretor de Gás e Energia da Petrobras, José Alcides Santoro, estes números indicam que o País estará dando conta de aproximadamente 70% do consumo nacional previsto para o final de 2016.
De acordo com a Petrobras, a unidade de Laranjeiras, que deve entrar em operação no primeiro semestre de 2013, produzirá produzidas 303 mil toneladas por ano de sulfato de amônia. A meta é chegar ao final de 2016 com uma produção de 803 mil toneladas de amônia anualmente, contra as atuais 213 mil toneladas, fazendo com que o Brasil seja autossuficiente na produção desse fertilizante.
Para os próximos cinco anos, o Plano de Negócios e Gestão da Petrobras prevê investimentos de US$ 236,5 bilhões. Desse montante, US$ 13,5 bilhões (o equivalente a 5,8%) serão direcionados à área de gás e energia, dos quais 42% serão destinados para o setor de produção de fertilizantes nitrogenados
Dados nacionais - De acordo com a Anda (Associação Nacional para a Difusão de Adubos), as importações de fertilizantes cresceram 18% neste primeiro trimestre entrando nos portos 3,582 milhões de toneladas. No mesmo período de 2012 as importações somaram 3,036 milhões de toneladas.
No primeiro trimestre deste ano, a produção nacional cresceu 2,5% comparado com o mesmo período do ano passado. Foi de 2,255 milhões de toneladas contra 2,200 milhões de toneladas. Enquanto a produção nacional de fertilizantes nitrogenados caiu em 17,1% às importações cresceram no período 14,3%.
As entregas de fertilizantes ao consumidor final encerraram o primeiro trimestre de 2013 com 5,412 milhões de toneladas, indicando aumento de 2% em relação ao mesmo trimestre de 2012, quando foram entregues 5,308 milhões de toneladas. O total de nutrientes (NPK) entregues alcançou no trimestre analisado 2,303 milhões de toneladas, ou seja, evolução de 2,6% em relação ao mesmo período de 2012 quando foram entregues 2,245 milhões de toneladas.
Em nutrientes, as entregas de fertilizantes nitrogenados (N) apresentaram evolução de 3,4%, passando de 849 mil de toneladas em 2012 para 878 mil toneladas em 2013, em função do aumento de demanda para a cultura do milho safrinha e trigo na região sul.

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Dilma diz confiar em acordo entre Vale e Argentina


 

Fonte: Reuters

 A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira confiar que a mineradora brasileira Vale chegará a um acordo com as autoridades da Argentina, onde a empresa suspendeu um milionário investimento que poderia provocar milhares de demissões.
Dilma manteve nesta quinta-feira uma prolongada reunião com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na Casa Rosada, em Buenos Aires, na qual as mandatárias e ministros analisaram disputas comerciais e investimentos entre as duas maiores economias sul-americanas.
A Vale, maior produtora mundial de minério de ferro, comoveu o governo da Argentina, cuja economia enfrenta uma deterioração, quando em março anunciou a suspensão de um projeto de exploração de potássio na província de Mendoza que previa investimentos de US$ 6 bilhões.
"O diálogo é o melhor caminho para encontrar soluções. Por isso temos a convicção de que a empresa brasileira Vale ... encontrará um caminho para construir o melhor acordo possível com as autoridades da Argentina", disse Dilma em uma breve declaração após a reunião.
"Ampliar o comércio, ampliar investimentos, também os fluxos financeiros", acrescentou Dilma ao falar sobre os objetivos do Brasil em relação à Argentina.
A negativa de Buenos Aires de atender alguns pedidos da empresa, como uma melhora no tipo de câmbio e exonerações fiscais, terminou privando a Argentina de um dos maiores investimentos estrangeiros de sua história. O projeto de potássio Rio Colorado enfrentou um vertiginoso aumento de custos devido a uma elevada inflação no país.
Empregos de milhares de pessoas estão ameaçados e estão mantidos até agora por medidas de emergência do Ministério do Trabalho argentino.
"Revisamos toda a relação bilateral, a nossa agenda comercial, em matéria de investimentos, desenvolvimento, financiamento", disse a presidente da Argentina, Cristina Kirchner. "Foi uma jornada extensa e produtiva", acrescentou.
A relação entre os dois vizinhos e principais sócios do bloco econômico Mercosul se deteriorou no ano passado quando a Argentina introduziu travas comerciais que prejudicaram principalmente as exportações brasileiras.
Autoridades diplomáticas e comerciais do Brasil se queixaram de "desvios de comércio" que acabaram beneficiando produtos asiáticos. A Argentina é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, mas o principal mercado para os produtos manufaturados brasileiros.
Dilma e Cristina disseram que técnicos de ambos os países farão novos encontros na semana que vem em Montevidéu, no Uruguai, para concluir acordos.
As presidentes também saudaram as recentes eleições presidenciais de Horario Cartes, no Paraguai, e de Nicolás Maduro, na Venezuela.

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Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho



Prezados Companheiros e Companheiras,
Nesta data, todos os anos, são realizadas ações em memória das vítimas de acidentes e das mortes em decorrência das doenças decorrentes do trabalho.
No momento atual, nossa preocupação é maior por causa da precarização dos trabalhos mesmo em face dos avanços tecnológicos e pela falta injustificável de uma fiscalização ampla por parte dos Órgãos Governamentais que devem, obrigatoriamente, zelar pela Segurança e Saúde dos trabalhadores e trabalhadoras do nosso País.
“Segundo estimativas da OIT, de um total de 2,34 milhões de acidentes de trabalho fatais a cada ano, apenas 321.000 são devido a acidentes. Os restantes 2,02 milhões de mortes são causadas por diferentes tipos de doenças relacionadas ao trabalho, o equivalente a uma média diária de mais de 5.500 mortes. Este é um déficit inaceitável de trabalho decente.”
A falta de prevenção de doenças ocupacionais tem graves efeitos negativos para os trabalhadores e suas famílias. Além disso, a sociedade como um todo também sai perdendo, pois custo social acaba sendo enorme, em particular, no que diz respeito à redução da produtividade, além, é claro, do custo emocional decorrente das vidas perdidas.
Prevenir é o melhor caminho. Bem menos oneroso do que as consequências quanto ao  tratamento e a reabilitação.
O Brasil precisa mudar esse panorama. Para isso, são necessárias mudanças concretas, ações firmes, adoção de medidas viáveis e punições exemplares para aqueles que não cumprirem as normas de segurança.
A OIT, neste ano, vai preparar um relatório sobre Segurança e Saúde no Trabalho e Meio Ambiente, que servirá para dar pano de fundo ao tema. “Vai chamar os governos, empregadores e trabalhadores e suas organizações para colaborar no desenvolvimento e implementação de políticas e estratégias nacionais para a prevenção de doenças.”
Como todos os anos, continuamos lutando por condições de trabalho mais seguras e saudáveis. Como todos os anos, continuamos a ver acontecimentos tristes e evitáveis. Como todos os anos, deixamos o nosso protesto registrado.
Acreditamos num futuro melhor. Por isso continuamos combativos. Esperamos que a dor de hoje pelas perdas de entes queridos, possam, pelo menos, serem motivos de reflexão para quem deve evitar futuras perdas.
Nosso permanente lamento será registrado enquanto essa realidade não se modificar.
Vamos manter a esperança de um futuro melhor! É preciso acreditar que nosso trabalho não é em vão. A luta continua, Companheiros e Companheiras!
João Donizeti Scaboli, responsável pelo departamento de saúde do trabalhador da FEQUIMFAR
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Seus Direitos: Derrota em ação coletiva não impede processo individual do trabalhador



O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) entendeu que não há impedimento para que o trabalhador ajuíze ação individual buscando direitos já pedidos pelo sindicato de sua categoria profissional. A decisão é da 1ª Turma do TRT-MG.
De acordo com o relator juiz convocado Paulo Maurício Ribeiro Pires, o fato de já existir uma ação coletiva em curso não induz necessariamente na ocorrência de litispendência ou coisa julgada. “Independentemente de se referir a direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos, mostra-se aplicável a regra do artigo 104 do Código de Defesa do Consumidor”, explica o juiz.
O dispositivo prevê que as ações coletivas não induzem litispendência em relação às ações individuas. Porém, diz que para serem beneficiados pela ação coletiva os autores devem pedir a suspensão de suas ações em 30 dias, contados do conhecimento da ação coletiva.
De acordo com o juiz Paulo Pires, não é necessário o trabalhador pedir desistência da ação coletiva no caso. “Ajuizada a ação individual, e ciente o autor da ação coletiva, seu ato tem como consequência, a desistência implícita dos efeitos da ação coletiva, a não ser que ele, se não ciente da ação coletiva, tomando ciência dela, desista da sua ação individual em prol da coletiva”, esclarece.
No caso, um trabalhador ajuizou ação pedindo pagamento dos reajustes salariais não concedidos, bem como a realização de depósitos de FGTS que não foram feitos. Porém, o sindicato de sua categoria, na condição de substituto processual, já havia ajuizado reclamação transitada em julgado pleiteando os mesmos direitos.
Em primeira instância, a 38ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte exitnguiu o processo sem análise do mérito por considerar coisa julgada. Porém, ao analisar o recurso do trabalhador a 1ª Turma do TRT, por unanimidade, afastou a coisa julgada e determinou retorno dos autos a origem.
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Pausa reduzida no expediente obriga patrão a pagamento total do período



A concessão parcial ou a ausência do intervalo mínimo dentro da jornada acarreta o pagamento total do período correspondente, não apenas daquele suprimido. A prática demanda acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. Esse entendimento, constante do item I da Súmula 437 do Tribunal Superior do Trabalho, foi aplicado para dar provimento ao recurso de uma auxiliar de escritório, que teve o intervalo intrajornada reduzido, mas deixou de receber pelo período não usufruído.
O intervalo intrajornada — previsto no artigo 71 da Consolidação das Leis do Trabalho — é aquele concedido aos empregados urbanos e rurais para repouso e alimentação durante a jornada de trabalho. Nos casos em que o trabalho for contínuo e com duração de seis horas ou mais, é obrigatória a concessão de um intervalo de pelo menos uma hora, que não poderá exceder duas horas, exceto por acordo escrito ou contrato coletivo em contrário.
Repouso curto
A trabalhadora exercia a função de auxiliar de escritório e sua jornada de trabalho era de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, com intervalo intrajornada de apenas 30 minutos, sendo que o mínimo determinado no artigo 71 da CLT é de uma hora para jornadas acima de 6 horas diárias. Diante disso, ela ajuizou ação judicial pleiteando, entre outros, o pagamento do intervalo intrajornada como trabalho extraordinário.
A 4ª Vara do Trabalho de Curitiba (PR) deferiu o pedido da trabalhadora e condenou a empresa ao pagamento de horas extras apenas em relação aos 30 minutos de intervalo não usufruídos. Esse entendimento foi confirmado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) ao concluir que "quando não houver a fruição total do intervalo destinado a repouso e alimentação, deve ser pago o tempo faltante, principalmente diante da circunstância de que já houve, por parte do empregado, a fruição de determinada porção desse intervalo".
Ao analisar recurso da funcionária, o ministro Emanoel Pereira deu razão e reformou a sentença do TRT-9. Ele explicou que a matéria já está pacificada no TST, com a edição da Súmula 437 em setembro de 2012. O documento estabelece que, após a Lei 8.923/94, a não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas do tempo suprimido, com acréscimo de pelo menos 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. 
Com base no entendimento do relator, por unanimidade a turma deferiu o pagamento do período integral de uma hora. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

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Lucro da Bunge dobra no primeiro trimestre



Fonte: Valor Econômico 

A Bunge, uma das maiores tradings globais, registrou um lucro líquido de US$180 milhões no primeiro trimestre fiscal de 2013, encerrado em 31 de março. No mesmo período de 2012, a trading teve um lucro de US$ 92 milhões. Por ação, o lucro ficou em US$1,15 ante US$ 0,57 no mesmo período do ano passado.
A receita de vendas da Bunge somou US$ 14,78 bilhões no período ante US$ 12,91 bilhões um ano antes. O lucro excluindo ganhos e encargos no período foi de US$ 170 milhões, na comparação com US$ 84 milhões em 2012.
O Ebitda ajustado do primeiro trimestre ficou em US$ 260 milhões, 30% superior aos US$200 milhões registrados no primeiro trimestre de 2012.
Em nota, o presidente da Bunge, Alberto Weisser, declarou: "Tivemos um primeiro trimestre sólido. Nossa equipe de agronegócio teve um bom desempenho em um ambiente de mercado volátil, caracterizado por estoques globais apertados e problemas logísticos no Brasil”. E completou: “Temos o prazer de ver que açúcar e bioenergia obtiveram um bom começo de ano,e que a divisão de alimentos e ingredientes continuou seu forte desempenho iniciado no segundo semestre do ano passado”.
Segundo ele, o segundo semestre de 2013 deve ser mais confortável para o agronegócio, comum a situação de estoques mundiais mais tranquila, mas com a demanda ainda em alta. “Os produtores da América do Norte vão plantar uma área confortável e o congestionamento logístico no Brasil vem dando sinais de melhora, apesar de eu acreditar que vão persistir até que comece a colheita nos EUA”.
O segmento de agronegócio da Bunge, de longe o maior negócio da empresa, teve uma receita de US$ 10,77 bilhões no primeiro trimestre deste ano, encerrado em 31 de março. O resultado foi 16% superior ao registrado no mesmo período de 2012 e foi causado principalmente pela melhoria dos resultados de processamento de soja que compensaram as perdas na comercilização de grãos.
O segmento de açúcar e bioenergia registrou vendas 26% superiores no primeiro trimestre. “Os resultados foram maiores devido a um melhor desempenho em todas as partes do segmento. A moagem de cana beneficiou-se da combinação de menores custos de estoque e preços médios de etanol mais elevados”, diz a empresa em comunicado.
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Seus Direitos: Norma coletiva não pode fixar jornada de mais de 8 horas



O Tribunal Superior do Trabalho confirmou a invalidade de cláusula coletiva que estendia a jornada de trabalho em turnos ininterruptos de revezamento para além das oito horas. Com esse entendimento, a Subseção I Especializada em Dissídios Individuais da corte deferiu as horas extras reivindicadas por um ex-empregado da Fiat. O pedido havia sido negado nas instâncias inferiores.
O empregado, que atuou na montadora entre 1996 e 2010, ajuizou a reclamação trabalhista contra a montadora após ser dispensado sem justificativa. O funcionário demitido ingressou na empresa como operador de produção e, quando foi demitido, exercia a função de revisor de processo industrial.
O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) negou as horas extras relativas ao período posterior a 2008. A corte se baseou em uma norma coletiva que tornou mais elástica a jornada de trabalho.  O empregado recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho, alegando que a cláusula afrontaria norma de ordem pública. Como a Oitava Turma do TST não conheceu seu recurso, ele recorreu à subseção.
O recurso foi examinado na sessão especializada pelo relator, ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, que reconheceu o pedido do empregado. A negociação coletiva é um instituto valorizado e protegido pela ordem constitucional, além de constituir opção legitimadora do regramento trabalhista, diz ele. Apesar disso, de acordo com o ministro, o acordo coletivo "não está — e não pode estar —, no entanto, livre de quaisquer limites, atrelada, apenas, à vontade daqueles que contratam".
O relator esclareceu que o artigo 7º, inciso XIV, da Constituição Federal, autoriza a majoração da jornada, em caso de turnos ininterruptos de revezamento prevista em negociação coletiva, desde que limitada a oito horas diárias. O entendimento é estabelecido pela Súmula 423 do TST. Com base nos argumentos do relator, a seção condenou, por maioria, a empresa a pagar ao empregado as horas trabalhadas além da sexta diária. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.
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Lucro da Vale recua 7,6% no 1º trimestre e soma R$ 6,2 bilhões



Apesar da queda, resultado da mineradora mostra um avanço em relação ao prejuízo recorde de R$ 5,6 bilhões no último trimestre de 2012

RIO - A Vale registrou no primeiro trimestre deste ano um lucro líquido de R$ 6,201 bilhões, superando o resultado do trimestre anterior (o último de 2012), quando a mineradora amargou um prejuízo recorde de R$ 5,628 bilhões.
Apesar do crescimento na comparação com o trimestre anterior, o lucro líquido obtido nos três primeiros meses de 2013 recuou 7,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
No balanço trimestral divulgado nesta quarta-feira, a Vale credita o "sólido desempenho financeiro" à "melhoria dos custos e despesas". O prejuízo no último trimestre do ano passado se deveu, na avaliação da companhia, a baixas contábeis decorrentes do menor crescimento da economia global, com a queda generalizada dos preços de minérios e metais.
O lucro de R$ 6,201 bilhões é citado na Demonstração de Resultados do balanço. No demonstrativo de fluxo de caixa, a Vale cita outro lucro trimestral, de R$ 6,087 bilhões, resultado 7,9% inferior na comparação com o primeiro trimestre de 2012.
A Vale divulgou ainda um terceiro lucro, classificado como básico, que somou R$ 6,366 bilhões. Foi o único deles a registrar uma alta, mesmo que modesta, de 0,7% em relação aos três primeiros meses do ano passado.
Vendas recuam
A mineradora informou que as vendas de minério de ferro e pelotas totalizaram 65,104 milhões de toneladas no primeiro trimestre, o que representa um decréscimo de 0,13% na comparação com o mesmo período de 2012. Em relação ao último trimestre de 2013 (84,824 milhões de toneladas), as vendas caíram 23,24%.
A participação da China nos embarques de minério de ferro e pelotas caiu para 48,2%, contra os 55,1% registrados no último trimestre de 2012, informa o relatório da Vale. Em contrapartida, os embarques para a Europa cresceram de 14,7% para 18,8% no período.
No comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Vale informa considerar que, "apesar do progresso alcançado, ainda há um longo caminho na reformulação de nossa estrutura de custos para que seja capaz de criar valor ao acionista através dos ciclos, atenuando a influência da volatilidade dos preços". "As operações de metais básicos estão sendo reestruturadas e os resultados começam a aparecer", diz a mineradora.
O balanço trimestral mostra que a receita operacional da Vale foi de R$ 22,3 bilhões, 12,9% inferior à registrada no quarto trimestre do ano passado. "A redução ocorreu principalmente em função do menor volume vendido", explicou a companhia.
De acordo com a Vale, os custos e as despesas tiveram um "papel importante na melhora" do resultado financeiro. "Comparado ao primeiro e ao último trimestres de 2012, custos e despesas tiveram uma queda significativa, com economia de R$ 48 milhões e R$ 5,447 bilhões, respectivamente. Os custos com produtos vendidos foram de R$ 11,438 bilhões, uma redução de R$ 2,769 bilhões em relação ao quarto trimestre de 2012 e um aumento de R$ 521 milhões se comparado ao primeiro trimestre de 2012", diz a empresa.
Investimentos crescem
No primeiro trimestre do ano, os investimentos da Vale somaram US$ 3,987 bilhões, resultado 8,4% superior ao desembolsado em igual período de 2012. A quantia não inclui aquisições e, segundo a mineradora, está "em linha" com os US$ 16,3 bilhões orçados para 2013.
Em vídeo no site da mineradora, o diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores, Luciano Siani, definiu como "excelente" o resultado do trimestre. "No lado de custos tivemos desempenho extraordinário. Conseguimos redução de custos e despesas em todos os itens importantes. Se comparado ao ano passado, extraímos US$ 900 milhões dos custos da companhia. E comparado ao quarto trimestre, US$ 2,5 bilhões. Essa é a a razão porque tivemos um primeiro trimestre tão expressivo, com US$ 5,2 bilhões de geração de caixa, um dos maiores da história da companhia, apesar de termos tido sazonalmente um volume de vendas inferior", declarou.

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