Trabalhadores da indústria de álcool ameaçam parar

Sindicato diz que, se oferta de reajuste não subir, paralisação começa  hoje.

Trabalhadores da indústria do álcool da região de Ribeirão alegam que vão entrar em greve, após 14 anos da última paralisação, caso as usinas não subam a proposta de reajuste salarial até hoje.
Em uma reunião realizada na quarta-feira (29), na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Álcool, representantes de 13 usinas da região oferecem aumento de 7,66% aos trabalhadores, que reivindicam 12%.
“Discutimos, mas as empresas estão bem relutantes neste ano”, disse Pedro Jesus Sampaio, presidente do sindicato.
Ele disse ainda que, a única coisa decidida foi um prazo, até o dia 7 de junho, para que as empresas aumentem esse índice.
“Se não houver uma proposta melhor, entramos em greve já no dia 7 mesmo.”
No Campo
Para os trabalhadores das lavouras a semana também será decisiva.
“Vamos fazer uma reunião e tentar negociar, mas não vamos aceitar menos que 10% de reajuste”, disse Silvio Palviqueres, presidente do sindicato da categoria.
A Unica (União da Indústria de Cana) informou que se manifestará somente após o término de todas as negociações entre empresas e trabalhadores.
Chuvas não atrapalham produção
Mesmo com a ameaça de paralisação de trabalhadores e as chuvas dos últimos dias, as usinas continuam com a produção em alta.
Segundo o último relatório da Unica, desde o início da safra até o fim da primeira quinzena deste mês, foram produzidos 2,19 bilhões de litros de etanol na Região Centro-Sul, e o consumo do mercado foi de 1,52 bilhão de litros.
“A chuva não interfere. É boa para a cana nova e as usinas usam os dias parados para manutenção. Não haverá problemas de abastecimento”, disse Sérgio Prado, representante da Unica na região.
Nesta semana, um problema de distribuição deixou postos da rede Petrobrás com estoques baixos na cidade, mas a situação foi normalizada ontem.

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