Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) até 2020, a depressão será o segundo maior fator incapacitante do trabalho
Segundo
o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), o número
de afastamentos do trabalho em decorrência de distúrbios emocionais saltou de
3.918 para 6.403 casos nos últimos anos. Até 2007 a depressão não era notificada como um mal que
poderia ocorrer em cosequência do ambiente de trabalho, até então a doença era
subnotificada com outros nomes. Com a criação do Nexo Técnico Epidemiológico
Previdenciário (NTEP), a partir desse ano, a depressão passou a ser
identificada e diagnosticada como uma das doenças causadoras de afastamentos do
trabalho.
Também
segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2020 a depressão será o
segundo maior fator incapacitante do trabalho no mundo, perdendo apenas para
doenças cardíacas. Outro estudo feito pela Previdência Social, entre 2002 e
2005, aponta que os transtornos mentais e comportamentais já representavam, na
época, 33,5% dos casos de afastamento do trabalho, um número bastante razoável,
uma vez que nem sempre o problema está localizado em apenas uma pessoa da
empresa, mas pode apresentar sintomas em vários membros de um mesmo grupo.
Condições
de trabalho ruins, assédio moral (humilhações), exploração da mão-de-obra,
excesso de cobranças e prazos, não reconhecimento financeiro, do desempenho e
das qualidades do colaborador são alguns dos fatores que levam a depressão
proveniente do ambiente de trabalho. Os sintomas mais comuns da doença são:
insônia, irritabilidade, dores sem causa aparente, cansaço excessivo, queda de
produtividade, perda do interesse pela atividade e dificuldades na tomada de
decisões.
A doença que de forma geral
atinge cerca de 127 milhões de pessoas em todo mundo, está mais próxima do que
imaginamos e não é raro encontramos alguém que conhecemos, ou nós mesmos,
apresentando alguns desses sinais. E é preciso ficar atento quando o que parece
uma tristeza e irritação comuns tornam-se sintomas recorrentes.
Diagnóstico
Embora muitas empresas,
hoje, estejam buscando criar um ambiente de trabalho harmônico, onde as
qualidades dos colaboradores são reconhecidas, estimuladas, suas
potencialidades valorizadas e seus esforços recompensados financeiramente e
também que o sistema previdenciário brasileiro tenha criado mecanismos para
identificar e tratar a doença, a maior dificuldade, porém, está no diagnóstico.
Por conta do medo de perder
o emprego, futuras promoções, o trabalhador demora a procurar ajuda quando
percebe sinais de que sua tristeza tornou-se permanente, o que pode causar
evolução do quadro e dificultar ainda mais o tratamento. Um caminho contrário,
pois muitas empresas, alegando queda de produtividade, optam pela demissão do
empregado.
Se você se sente assim,
procure ajuda especializada antes que seu problema evolua. Psicoterapias e
medicação são os tratamentos mais usados atualmente. Mas você também pode se
ajudar. Faça atividades físicas com frequência, procure ter um bom sono, cuide
melhor da alimentação e evite substâncias como álcool e cigarros.
Não tenha vergonha
de pedir ajuda. Cuide-se e Bom Trabalho!
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