A forte
queda na produção de motocicletas no Brasil teve impacto direto na situação do emprego
do setor. As fábricas brasileiras de motocicletas registraram redução de 11% no
número de postos de trabalho em 2012, informa a associação do setor, a
Abraciclo. As empresas reduziram o contingente de funcionários para 14.500, em
2012, contra um efetivo de 16.370, no ano anterior.
O
setor, que tem forte dependência do crédito, não conseguiu se beneficiar das
reduções nas taxas de juros ao longo do ano devido ao alto patamar de
endividamento dos consumidores das classes C, D e E, responsáveis por 85% das
compras de motocicletas no País.
O alto
índice de inadimplência também levou a um aumento do rigor na aprovação de financiamentos.
"Apenas 20% dos pedidos de financiamentos feitos em 2012 para compra de
motocicletas foram aprovados", diz José Eduardo Gonçalves, diretor
executivo da Abraciclo.
Em
2011, os financiamentos foram responsáveis por cerca de 56% das aquisições de
motos, enquanto os consórcios responderam por 27% e os pagamentos à vista
somaram 20,9% das compras. Em 2012, a parcela adquirida via financiamentos caiu
para 44%, enquanto os consórcios responderam por 35% e os pagamentos à vista
por 25%.
Quando
se leva em conta apenas o mês de novembro de 2012, a fabricação de motocicletas
registrou retração de 28,8% em relação ao mesmo período de 2011, segundo a
Pesquisa Industrial Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). No ano fechado, a queda foi de 20,9%. Em 2012, foram produzidas 1,69
milhão de motocicletas, contra 2,136 milhões em 2011. A indústria havia
iniciado o ano passado com expectativa de
alta de 5% na
produção.
0 comentários:
Postar um comentário