Vale é suspeita de contaminar rio em projeto no Pará


Fonte: EBC
A mineradora Vale contesta na Justiça a ordem judicial de paralisar as atividades do projeto Onça Puma, em Ourilândia do Norte, no Pará.
A Justiça determinou a suspensão do projeto depois de uma denúncia do Ministério Público Federal no estado. O órgão afirma que a atividade da mineradora provoca um alto índice de contaminação do Rio Cateté.
Segundo o MPF, existem casos comprovados de má-formação fetal e de doenças graves em três aldeias Xikrin provocados pelos impacto da mineradora e 13 mil índios estariam sofrendo os efeitos da mineração.
Um estudo publicado pelo médico paulista João Paulo Botelho confirma as alegações do Ministério Público Federal.
O endocrinologista esteve em uma aldeia Xikrin em julho deste ano e constatou que toda a extensão do rio Cateté e as plantações ao redor estão contaminadas. O médico também afirma que os índios não conseguem pescar, porque não há peixes na região afetada pela mineração.
Em nota, a companhia Vale afirma que a atividade em Ourilândia está licenciada pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará e atende todas as condicionantes estabelecidas pelo órgão ambiental.
A nota diz ainda que existe uma determinação judicial de 2006 para que a Vale repasse dinheiro para iniciativas de saúde, educação e proteção territorial destinadas aos índios Xikrin.
Somente em 2015, estes recursos somarão mais de R$ 11 milhões, divididos entre as aldeias indígenas envolvidas.

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