Setor químico discute alta programada e aposentadoria especial com o ministro da Previdência


Lideranças da FEQUIMFAR e Sindicatos filiados reuniram-se com o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, para apresentar os problemas enfrentados pela categoria química, principalmente quanto à alta programada e à aposentadoria especial.
Participaram do encontro, realizado em Brasília no dia 13 de agosto, o presidente da FEQUIMFAR, Sergio Luiz Leite, o Serginho, Edson Dias Bicalho, secretário geral da FEQUIMFAR e presidente do STI Bauru, Herbert Passo, presidente do STI Baixada Santista, Germano Busato, presidente do STI Vale do Ribeira, Dionizio Martins, presidente do STI São João da Boa Vista e Antonio Cortez, diretor do STI Guarulhos, e João Donizeti Scaboli, do departamento de saúde do trabalhador da FEQUIMFAR.
Uma das reivindicações do grupo é alterar as regras da Previdência Social quanto ao término do benefício auxílio-doença, de alta programada para alta mediante avaliação médica. “Atualmente, como é a regra, o trabalhador que se afasta por doença, por acidente, ao obter o auxílio-doença no INSS, já sai com a alta programada.Ou seja, com data definida para voltar a trabalhar. Mas, muitas vezes, na data do retorno ao trabalho, o médico da empresa considera que o trabalhador está inapto a reassumir sua função. E aí, até fazer nova perícia e renovar o benefício – ou não -, o trabalhador já está descoberto, sem receber nem do INSS nem da empresa”, explica Bicalho. A proposta apresentada é que o INSS continue pagando a licença-saúde até que, de fato, o trabalhador retome sua função na empresa.

Já quanto à aposentadoria especial, a reivindicação é específica para o setor químico. De acordo com Bicalho, muitos trabalhadores têm de reivindicar na Justiça a aposentadoria especial porque nem todas as empresas pagam a alíquota correspondente ao nível de periculosidade ou insalubridade de sua atividade. “Como a alíquota é proporcional ao nível de periculosidade ou insalubridade, nem todas as empresas informam corretamente. O trabalhador, para conseguir a aposentadoria especial, tem de ir para Justiça e, muitas vezes, leva dez, 15 anos para receber. É uma situação que tanto perde a União, que arrecada menos que o devido pelas empresas, quando os trabalhadores. O que pedimos é que haja rigor na fiscalização, para que as empresas informem o perfil profissiográfico profissional correspondente”, completa Bicalho.

Visando discutir estas reivindicações, representantes da Fequimfar vão integrar um grupo de estudo da Previdência Social, que tem a função de propor alterações em normas e leis de uma série de questões, como a alta programada e a aposentadoria especial. São questões do interesse dos trabalhadores do setor químico e dos segurados de maneira geral. A Fequimfar e seus 33 sindicatos filiados representam mais de 116 mil trabalhadores em todo o Estado de São Paulo nos segmentos químico, plástico, fertilizantes, abrasivos, cosméticos, tintas e vernizes.

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