6 mil trabalham na construção de nova fábrica de fertilizantes no Mato Grosso do Sul


Depois das greves que marcaram as obras de construção da fábrica de fertilizantes em Três Lagoas entre junho e julho deste ano, o Consórcio UFN-III, responsável pela execução do projeto da Petrobras, retomou, com força total, o processo de contratação de pessoal para a construção da unidade.
De acordo com informações da assessoria da Petrobras, por semana, uma média de 250 novos trabalhadores tem chegado ao canteiro de obras, instalado às margens da BR-158. As contratações visam seguir o cronograma e garantir que a construção atinja o seu pico em dezembro, quando cerca de nove mil trabalhadores deverão estar atuando na obra.

Há dois meses, 600 trabalhadores foram demitidos pelo consórcio por envolvimento direto, ou indireto, com o movimento grevista. As demissões, no entanto, já foram supridas. Conforme a assessoria de imprensa da estatal, seis mil trabalhadores trabalham na construção da fábrica de fertilizantes hoje. As paralisações também não impactaram o cronograma, que segue dentro do previsto. Os dias em que a obra fora fechada estão sendo repostos aos fins de semana e jornadas especiais de trabalho.

De acordo com a estatal, 51% das obras já foram concluídas. Atualmente, o consórcio está na etapa de construção de prédios administrativos e industriais, montagens de estruturas metálicas, de tubulações, elétrica e de equipamentos.

REATOR
Recentemente, o canteiro de obras recebeu um dos reatores de ureia que deverão garantir o funcionamento da fábrica. A peça chegou ao município neste domingo, depois de 90 dias de viagem.  Por e-mail, a Petrobras informou que o equipamento, que pesa 360 toneladas e tem 27 metros de altura e quatro metros de diâmetro – diferente da pesagem fornecida pela Usina de Itaipu -, foi fabricada na Áustria e levou 90 dias para chegar ao destino. “O transporte marítimo do Porto da Antuérpia-Bélgica para o Brasil no Porto de Rio Grande (RS) durou cerca de 30 dias. De Rio Grande até Três Lagoas, durou em torno de 70 dias”, informou a assessoria de imprensa.

Das margens do rio Paraná até o site da UFN-III, o transporte foi feito por um conjunto transportador que envolve linha de eixos e caminhão.  A operação contou com a participação de 35 profissionais, sendo dez deles engenheiros. 
E a peça não será a única “gigante” a chegar ao município. Ao todo, informou a Petrobras, 11 equipamentos “considerados com peso e/ou dimensões especiais serão transportados pelo modo rodofluvial” serão trazidos para a fábrica. 

A UFN-III
Orçada em R$ 3,5 bilhões, a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados deverá entrar em funcionamento no segundo semestre de 2014. A fábrica é instalada em uma área de 425 hectares, no Distrito Industrial da Moeda, a 25 km de Três Lagoas, às margens da BR-158.

A área foi doada à estatal através de uma parceria entre governo do Estado e Prefeitura de Três Lagoas, que investiram aproximadamente R$ 6 milhões na aquisição da propriedade rural.

Quando entrar em funcionamento, a unidade deverá gerar cerca de 510 empregos diretos e 1,5 mil indiretos. A capacidade de produção da unidade será de 1,2 milhão de toneladas/ano de ureia e mais de 700 mil toneladas de amônia/ano. No entanto, a maior parte da produção de amônia, 691 mil toneladas, será destinada para a produção de ureia e 70 mil toneladas/ano destinada à comercialização.
Com a unidade o Brasil, que hoje tem uma demanda de quatro milhões de toneladas ano, reduza de 66% para 39% a dependência de importações de ureia


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