Foi publicado no jornal “O TEMPO”, matéria informando que
dada a iminência do rompimento do talude norte e o risco de colapso da barragem
sul Superior, em Barão de Cocais, a Justiça de Minas Gerais decidiu que a vale
precisa adotar medidas emergenciais para preservar o patrimônio histórico das comunidades
atingidas.
A decisão é favorável a um pedido do Ministério Público de
Minas Gerais (MPMG). Muitas das medidas requeridas à mineradora devem ser
efetivadas em até 24h. Se descumprir, a Vale precisará arcar com uma multa
diária de R$ 100 mil.
Inclusive, para garantir, a juíza Fernanda Chaves Carreira
Machado intimou os representantes da Vale que estão alocados em Barão de Cocais
e Santa Bárbara.
A decisão abarca todas as exigências feitas pelo MPMG, sendo
assim, a Vale precisar mapear todo o patrimônio histórico que está em áreas de
possível inundação.
CONVERSA COM OS
MORADORES
A mineradora precisa dialogar com os moradores de Piteiras e
tabuleiros, duas comunidades evacuadas, para verificar qual patrimônio
existente ali ainda não foi retirado. Além da mineradora ser responsável pelo
registro digital a igreja de Nossa Senhora Mãe Augusta do Socorro e resgate as
indumentárias vinculadas as festividades do templo da matriz.
Além disso, de olho nos incômodos provocados em moradores
evacuados ainda no início de fevereiro, a magistrada exige que a mineradora
informa se há perspectiva para tornar estável a barragem de Gongo Soco. Se sim,
a Vale deverá apresentar ainda a data prevista para o retorno das comunidades. A medida deve ser cumprida em dez
dias.
VALE NÃO COMENTA A
DECISÃO
Procurada, a mineradora não respondeu se será possível garantir
o cumprimento das medidas no prazo estabelecido. No entanto, a Vale garantiu
que desde fevereiro realiza ações de documentação e resgate do patrimônio cultural
existe4nte na mancha de inundação da barragem.
Segundo a Vale, três empresas realizam a documentação,
retirada e acondicionamento dos bens culturais móveis das zonas secundárias. Na
zona de autossalvamento, a mineradora garante que removeu mais de 200 itens. “Os
bens móveis retirados foram selecionados, a partir de reflexão, feita por
membros da sociedade civil e igreja”, respondeu em nota.
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