O acréscimo no período de contribuição do trabalhador implementado por meio da reforma da Previdência e os cortes na educação, anunciados este mês pelo Ministério da Educação, tem gerado insatisfação não só para boa parcela da população e estudantes de universidades federais e públicas, mas também para operários e representantes de diversas categorias, como o Sindicato dos Químicos do ABC, que dia 8 de outubro, celebra 81 anos de trajetória.
As mudanças na educação e o corte de verbas tem sido principais desafios para a categoria, conforme explica Raimundo Suzart, presidente do Sindicato dos Químicos que tomou posse na entidade há pouco mais de um mês. Na visão do representante, por tratar-se de um setor que demanda de alta qualificação e formação profissional, o corte de verbas impacta negativamente não só no fechamento de universidades e estruturação no quadro de trabalhadores das indústrias, mas também no resultado das pesquisas e dos produtos finais produzidos.
“Quem faz pesquisa de desenvolvimento e qualidade, como as universidades federais, entende a importância de se investir na educação. Quando diminui a verba, automaticamente gera profissionais com menor qualificação e pesquisas insuficientes, algo que impacta negativamente em todos os setores, principalmente os químicos, que pede formação avançada”, afirma. Em entrevista ao RDtv, Suzart defendeu a permanência de cursos técnicos, escolas e universidades públicas à disposição da população para fortalecer o desenvolvimento econômico. “Temos o Polo Petroquímico e outras tantas grandes indústrias que não podem ficar sem pessoal capacitado. E eles (trabalhadores) vem por meio das universidades que perigam fechar, como a Federal do ABC, que levou tantos anos para ser conquistada e temos o risco de perder”, acrescenta.
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