A Vale anunciou, no final da tarde de ontem (1º), que atualizou as declarações de condição de estabilidade (DCEs) das barragens da mineradora. A medida faz parte das exigências da Agência Nacional de Mineração (ANM).
De acordo com a empresa, foram emitidas 82 declarações de estabilidade positivas (DEPs) das estruturas das unidades da empresa no país.
Em Minas Gerais, as barragens 5, da mina Águas Claras, e Taquara, da mina Mar Azul, em Nova Lima, na Grande BH, passaram da avaliação negativa para a positiva.
Barragens com alteamento a montante do tipo mais barato e menos seguro, usado em Brumadinho e Mariana, que já estavam desativadas e com a chamada zona de autossalvamento evacuadas, como a da mina do Gongo Soco, em Barão de Cocais, continuaram com a avaliação negativa.
A Vale informou que está trabalhando nas análises complementares e no planejamento de novas medidas para aumentar os fatores de segurança e para assegurar a estabilidade das estruturas da mineradora e que continua monitorando barragens e diques.
Sobre esse anúncio da Vale, a coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) divulgou que os dados informados pela empresa não são confiáveis, por causa dos rompimentos em lugares em que a própria Vale declarava que as estruturas eram estáveis. O MAB reivindica perícias independentes que não sejam influenciadas pela empresa.
DCEs negativas
Outras estruturas com estudos complementares e obras já em andamento mantiveram as DCEs negativas:
Barragem Sul Inferior, da Mina Gongo Soco;
Dique B, da Mina Capitão do Mato;
Barragem Capitão do Mato, da Mina Capitão do Mato;
Barragem Marés II, do complexo Fábrica;
Barragem Campo Grande, da Mina Alegria;
Barragem Maravilhas II, do Complexo Vargem Grande;
Barragem Doutor, da Mina Timbopeba;
Sistema Pontal, do Complexo de Itabira;
Barragem VI, da Mina Córrego de Feijão;
Barragem de Captação de Água da unidade Igarapé Bahia.
Essas estruturas continuam interditadas em nível 1 de emergência do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM), sem a necessidade de evacuação das ZAS.
0 comentários:
Postar um comentário