Stiquifar também não aceita acordo de PLR da Heringer que prejudica trabalhadores

Em conformidade com a decisão da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico (CNTQ) e de sindicatos a ela filiados e que representam empregados de unidades da fábrica Fertilizantes Heringer em várias cidades do país, o Stiquifar não aceita o acordo de Participação de Lucros ou Resultados (PLR) que prejudica os trabalhadores.
A proposta da empresa é oferecer o pagamento de apenas um salário, além de usar a cláusula “prejuízo do ano anterior”, presente no acordo, como forma de zerar o pagamento da PLR. Isso porque, a empresa utiliza como manobra a justificativa de que está tendo prejuízos, em especial devido à atual crise econômica brasileira.
No início de cada segundo semestre, a empresa paga, como PLR, valor correspondente ao salário do empregado. Porém ao chegar ao mês de março do ano seguinte, no momento do cálculo final, a Heringer alega prejuízo e os trabalhadores não recebem nada. Isso tem acontecido há mais de dez anos e, agora, os sindicatos, juntamente com a CNTQ, estão unidos para lutar a favor do pagamento justo da PLR para os trabalhadores.
Em várias fábricas da Fertilizantes Heringer ocorreram assembleias no final de agosto e início de setembro. Segundo o presidente da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico), Antonio Silvan Oliveira, a diretoria da empresa e seus negociadores perceberam que aumentou a unidade sindical. “Parabéns a todos os companheiros por essa perseverança. Sigam em frente e unidos será mais fácil atingirmos nossos objetivos”, disse.
Já a secretária de formação sindical da CNTQ e presidente do Stiquifar de Uberaba, Maria das Graças Carriconde, também não assinará este acordo de PLR proposto pela Heringer. “Quanto ao vale do dia 15 de setembro, é importante os companheiros não se esquecerem de que para empresa pagar a bonificação, não é necessário a nossa assinatura”, disse.

Lucro da empresa não justifica o pagamento injusto da PLR

Não procede o argumento da Heringer de que a atual crise econômica pode prejudicar os seus negócios, principalmente de insistir em não discutir com os sindicatos novo acordo de PLR, retirando a cláusula de acúmulo de prejuízo. Segundo dados da própria empresa é possível ver que a receita líquida (lucro descontadas todas as despesas) no segundo trimestre de 2015 foi de R$ 1.239,4 milhão, 11,8% superior ao mesmo período de 2014, em torno de R$ 1.108,9 milhão. Essa mesma receita líquida cresceu 12% no semestre, passando de R$ 2.302,0 milhões nos primeiros seis meses de 2014 para R$ 2.577,2 milhões em 2015.
O cofre da Heringer continua cheio de dinheiro. As entregas dos produtos especiais aumentaram nos dois períodos; 5,7% no segundo trimestre de 2015 e 3,8% no primeiro semestre de 2015, com a participação da empresa subindo de 35% para 38% no trimestre e de 35% para 37% no semestre. O volume de produtos especiais saiu de 758 mil toneladas para 787 mil toneladas no primeiro semestre de 2015, alta de 3,8% em relação igual período de 2014.
A participação de mercado (Market Share) da Heringer no setor de fertilizantes no Brasil cresceu de 14,5% para 16,6% no trimestre e de 16,2% para 18,1% no primeiro semestre de 2015, quando comparado com igual período de 2014. A filosofia da empresa (destacada em seu site) consiste em três pilares: Missão, visão e valores. Neste caso a Heringer “respeita o ser humano, o cumprimento dos acordos estabelecidos, tem compromisso com a verdade e com o que é justo, respeita as leis vigentes, cultura e costumes, além de ter comunicação clara e honesta”….

Entenda a diferença entre PLR e bonus.

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