Mosaic Fertilizantes e Yara estão confiantes que atingirão uma demanda recorde


Os agricultores brasileiros devem aumentar os investimentos na próxima safra de soja para aproveitar o espaço que a guerra comercial EUA-China deixou para o país ampliar a sua liderança nas exportações da oleaginosa. As gigantes de fertilizantes Mosaic e Yara International esperam que as entregas de fertilizantes para os produtores brasileiros alcancem recorde. O plantio no país começa em setembro e a maior parte das vendas para a próxima safra já foi feita, o que fundamenta as previsões. 

Embora não ofereça uma previsão para as vendas da Mosaic, Eduardo Monteiro, diretor de distribuição da empresa no Brasil, estima que as entregas subam 2,8% este ano no mercado como um todo, para 36,5 milhões de toneladas. Os agricultores devem ampliar os investimentos no campo para ajudar a garantir uma boa produtividade e elevar a área de soja em cerca de 0,8%, disse ele, estimando que os produtores já compraram cerca de 80% do fertilizante de que precisam.

O clima no setor é positivo depois de uma safra recorde de milho, preços de soja lucrativos e boas perspectivas de embarques em meio à guerra comercial e às questões climáticas nos EUA, disse Monteiro em entrevista por telefone.

A Yara espera que a área plantada de soja no Brasil aumente em 2,5% nesta temporada, à medida que os agricultores trocam áreas de pastagem e cana-de-açúcar para a oleaginosa. Isso levará a demanda de fertilizantes a aumentar em mais de 2% em 2019, de acordo com Cleiton Vargas, vice-presidente de vendas e marketing da empresa no Brasil. "A demanda por fertilizantes continua promissora em meio a incertezas sobre a guerra comercial entre a China e os EUA", disse Vargas por e-mail.

Mesmo que a quantidade de entregas de fertilizantes alcance um recorde, o ritmo de crescimento está começando a diminuir. As previsões da Yara e da Mosaic, que juntas respondem por cerca de metade das vendas de fertilizantes no país, estão abaixo do aumento do ano passado, de cerca de 3%, segundo dados da Anda, associação do setor.

A demanda foi mais lenta do que o normal em março e abril, e ainda está abaixo do normal para esta época do ano devido ao aumento dos preços dos fertilizantes no país, segundo Simone Correa, analista de mercado da consultoria GlobalFert. Ela espera que as entregas aumentem entre 1% e 1,5% este ano.

fonte: UOL, página de econômica, matéria assinada por Tatiana Freitas.


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