A economia brasileira apresentou pequena alta de 0,4% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro trimestre, na série com ajuste sazonal, segundo dados do IBGE divulgados nesta quinta-feira, 29. O resultado reflete a fraca atividade econômica do país, que não conseguiu ensaiar uma retomada de fôlego após ter registrado retração de 0,2% nos primeiros três meses de 2019. Em valores correntes, o Produto Interno Bruto(PIB) do segundo tri totalizou 1,780 trilhão de reais. Nos primeiros seis meses do governo Bolsonaro, o PIB acumulado é de 0,7%.
Apesar de fraco, esse resultado do PIB afasta o risco de uma recessão técnica, termo usado por economistas quando há resultado negativo por dois trimestres seguidos. Na prática, a recessão técnica significaria um sinal de alerta de que algo não vai bem com a economia do país. Ainda, no entanto, não se trata de uma recessão de fato, quando é vista uma situação econômica mais deteriorada.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, a economia apresentou alta de 1%. O Produto Interno Bruto é o principal indicador para medir o crescimento da economia de um país. O índice soma todos os bens e serviços finais produzidos em um determinado período de tempo na moeda corrente do local.
Com o resultado ruim do primeiro semestre, o desempenho dos últimos seis meses de 2019 passa a ser decisivo para o crescimento deste ano e, sobretudo, para 2020. Segundo o mais recente Boletim Focus, do Banco Central, economistas estimam que o PIB deva avançar apenas 0,8% neste ano – abaixo do crescimento dos últimos dois anos.
Há tempos a economia brasileira não apresenta um avanço significativo. Tanto em 2018 como em 2017, o PIB foi de 1,1%. Em 2016 e em 2015, a economia teve retração, de 3,3% e de 3,5%, respectivamente. Devido a sinais de desaceleração de indicadores econômicos desde o início deste ano, bancos e consultorias passaram a cortar sistematicamente as projeções de crescimento para este ano.
Os cortes das projeções levam em conta, principalmente, a falta de articulação do governo para acelerar a aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional, além da dificuldade do Planalto em implementar medidas que possam estimular a atividade econômica. A aprovação de reformas, tanto da Previdência como tributária, adicionada a medidas de estímulos, poderiam trazer de volta a confiança de empresários e consumidores e, consequentemente, das decisões de investimentos.
FONTE: força Sindical
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