A Samarco, a BHP e a joint venture da Vale no Brasil, chegaram a um acordo final de compensação com os promotores locais sobre o colapso de 2015 de uma represa, que matou 19 pessoas e se tornou o pior desastre ambiental do país.
O acordo definitivo chega quase três anos após o incidente mortal que já custou à Samarco 4,4 bilhões de reais (cerca de US $ 1,2 bilhão) em reparos e indenizações, de acordo com um comunicado citado pela Reuters.
O acordo significa pagamento de indenizações aos parentes dos que morreram no desastre, bem como a centenas de outros que perderam casas e outras propriedades. Isso também significa que as empresas podem se preparar para retomar as operações na região.
A Samarco disse na segunda-feira que iniciaria os trabalhos de preparação para um novo poço para o descarte de rejeitos na próxima semana, na mesma área em que o que falhou estava localizado. A nova instalação terá uma capacidade total de 16 milhões de metros cúbicos.
A catástrofe ambiental aconteceu quando uma barragem projetada para conter os resíduos de minas da operação de pelotas de ferro da Samarco estourou, deixando um rastro de destruição por centenas de quilômetros nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
Os promotores federais brasileiros acreditam que a BHP e a Vale falharam em tomar medidas que poderiam ter evitado o desastre. Mas as empresas disseram repetidamente que não eram responsáveis pelo colapso da barragem, acrescentando que cumpriam a lei brasileira e que a segurança era e sempre foi uma preocupação importante.
A Samarco, que já foi a segunda maior operação de pelotas de minério de ferro do mundo, foi fechada desde o derramamento mortal de barragem que desceu pelo rio Espírito Santo e chegou ao Oceano Atlântico, a 600 quilômetros de distância.
Em dezembro, a Samarco recebeu uma permissão preliminar para iniciar o trabalho de preparação de um eventual reinício, o que provavelmente acontecerá – embora a uma taxa reduzida primeiro – no segundo semestre do ano.
No início deste ano, a BHP anunciou que havia liquidado um prejuízo inicial de US $ 7 bilhões com o governo brasileiro, a fim de fornecer uma janela de dois anos para a liquidação de uma ação civil maior de US $ 55 bilhões.
Ele também disse que destinaria US $ 211 milhões à Fundação Renova, criada para ajudar as vítimas do desastre da barragem da Samarco no Brasil.
A Vale (NYSE: VALE), com sede no Rio de Janeiro, é a maior produtora de minério de ferro do mundo e a BHP (ASX, NYSE: BHP) (LON: BLT) chega em terceiro lugar, atrás da mineradora australiana Rio Tinto (ASX, LON: RIO).
Fonte: O Petroléo
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