O Brasil abriu 351.063 vagas de trabalho com carteira assinada nos cinco primeiros meses deste ano, segundo dados do Ceged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Apesar de positivo, o saldo de postos criados é 7,8% inferior em comparação com o mesmo período de 2018, quando foram criadas 381.166 vagas formais.
Na análise mês a mês, o resultado inferior ao registrado no ano passado pode ser justificado pelo corte de 43.196 trabalhadores no mês de março. Em 2018, as contratações superaram as demissões em todos os cinco primeiros meses do ano.
Ao anunciar os dados de maio, o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcomo, afirma que os dados deste ano refletem uma economia "em compasso de espera".
"A geração de emprego está em linha com o que a economia vem demonstrando, que está com dificuldade de alçar novos voos", avaliou Dalcomo ao defender a necessidade de aprovação da reforma da Previdência.
Ainda que o crescimento no número de postos de trabalho seja menor, o ano de 2019, o número de profissionais empregados subiu 1,24% nos 12 meses finalizados em maio.
Para o especialista em recursos humanos Reinaldo Passadori, os números começaram a ser melhores após o avanço da reforma da Previdência e o começo da análise da reforma Tributária. "Pode apostar que os dados de junho e julho já serão mais significativos", afirma ele.
Setores
Com 1.689.602 demissões e 1.603.455 contratações, o comércio é a única área de atividade que acumula mais demissões do que contratações no ano.
Por outro lado, o saldo positivo de empregos no ano foi guiado pelas 244.271 novas vagas formais nos serviços.
Também acumulam resultado positivo a indústria de transformação (+80.409), agropecuária (+50.548) e a construção civil (+43.118).
Em menor nível, os setores de administração pública (+15.171), extrativa mineral (+2.802) e utilidade pública (+891) também somam mais contratações do que demissões com carteira assinada.
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