Câmara aprova em primeiro turno por 379 votos a 131 o texto-base da reforma da Previdência


A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta última quarta-feira (10), em primeiro turno, a PEC da Reforma da Previdência, com 379 votos a favor, contra 131. Para concluir a votação, os parlamentares ainda precisam analisar as emendas e destaques apresentados pelos partidos para alterar pontos específicos da proposta do governo Bolsonaro.

Considerada uma das principais apostas da equipe econômica para sanear as contas, a Proposta da Reforma da Previdência estabelece, entre outros pontos:

- Imposição de idade mínima para os trabalhadores se aposentar; 65 anos para homens e 62 para mulheres;
- Tempo mínimo de contribuição previdenciária passará a ser de 15 anos para as mulheres e 20 anos para homens;
- Regras de transição para quem já está no mercado de trabalho.

Após a aprovação o texto-base, os deputados votaram em único destaque, rejeição. Em seguida, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ) encerrou a sessão, que será retomada nesta quinta-feira (11).

Durante a sessão, Maia fez um discurso defendendo a reforma e as instituições democráticas. “As soluções dos problemas da pobreza, dos problemas dos brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza, dos problemas de milhares de desempregados passam pela política. E não haverá investimento privado, mesmo com a reforma tributária, mesmo com a reforma previdenciária, se nós não tivermos uma democracia forte. Investidor de longo prazo não investe em país que ataca as instituições”, defende.

RESULTADO SUPERADO
O resultado da votação do texto-base superou a expectativa do próprios governistas. Até domingo (7), o ministro da Casa Cívil, Onyx Lorenzoni, estimava eu a proposta receberia cerca de 330 votos. Contribuíram para esse resultado os votos dos deputados de partidos de oposição, como PSB e PDT, que tinham fechado questão contra a Reforma da Previdência. No PSB, dos 32 deputados da bancada, 11 votaram a favor da reforma, No PDT, oito dos 27 deputados foram favoráveis ao governo.

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