Diretoria do Stiquifar (Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Uberaba e Região) se reuniu, ontem (18),
com o diretor de Relação Trabalhista e Sindical da Mosaic Fertilizantes (CIU),
João Paulo Fulgêncio, juntamente com outros representantes da empresa e da Sapore
– primeira multinacional genuinamente brasileira de restaurante corporativo
contratada para prestar serviço na empresa.
Na reunião, a presidente Graça Carriconde ao lado do
vice-presidente Edimilson Rocha Alves apresentou todas as reivindicações dos
trabalhadores em relação à qualidade dos alimentos do restaurante e do
transporte oferecido pela multinacional. “Sei que o pão para deslocar até a
empresa pode chegar mesmo ‘mucho’, mas não podemos aceitar de maneira nenhuma péssimas
condições de alimentação. Então, a empresa tem que olhar algumas frutas que estão
sendo colocadas para consumo dos empregados que estão de forma inapropriada”, observa
Apesar da Sapore estar apenas cinco meses de funcionamento na
Mosaic, Graça revelou que pensou que as reclamações não começariam num período curto.
Porém, observou que devido a Reforma Trabalhista, os trabalhadores vivem em
extrema pressão e pequenos detalhes estão fazendo a diferença. “Se estamos
apresentando os problemas é para juntos encontramos a solução, porque os
empregados ficam mais confortáveis de reclamarem à entidade”, explica.
QUEIXAS FREQUENTES
Uma das reclamações dos trabalhadores é que nem sempre os
alimentos na pista do restaurante estavam numa temperatura adequada. Em relação
a esse item, a supervisora operacional da Sapore, Patrícia Chaves explicou que
passam 900 pessoas, diariamente pelo local e que prezam pela qualidade. “Ainda
estamos em processo de adaptação e buscamos melhorias constantes. Diariamente,
realizo visitas para ouvir os trabalhadores para saber onde podemos aperfeiçoar
o nosso trabalho e alguns ajustes ainda serão feitos”, garantiu.
A funcionária da empresa, Patrícia Chaves, acrescentou
dizendo que quando a comida sai da cozinha eles medem a temperatura, mas não
descarta a possibilidade de queimar uma resistência e acabar ficando a comida
numa temperatura que possa não agradar o paladar dos trabalhadores. Portanto,
Walter Franco garantiu que está deixando um funcionário de plantão no restaurante,
justamente para atender as queixas dos trabalhadores e solucionar esse e outros
problema o mais rápido possível.
A outra demanda era em relação a falta de opção de alimentos
para tomar café, pois pela manhã os pães francês sempre estão bons para o
consumo, mas depois vão ficando “mucho” e ninguém quer mais consumir o produto.
Para evitar o desperdiço, Rone Nunes explicou que a empresa irá implantar,
dentro alguns dias, mais variedade no cardápio. Além do pão francês com bebida láctea,
irão incluir rosca, pão de milho e bolo.
Em relação a qualidade do café, algumas vezes muito doce ou
amargo demais ficou definido que irão padronizar uma receita, bem como treinar
a equipe de todos os turnos. Os responsáveis também ficaram de avaliar se não existe
nenhuma garrafa com problema térmicos, haja vista que foi apontado casos de
café sendo servidos frios.
A última reclamação em relação ao assunto é que quando o
pessoal do administrativo está trabalhando o restaurante oferece uma refeição
de mais qualidade. No entanto, essa hipótese
foi rebatida pela supervisora operacional que garantiu que segue um patrão,
porque tem uma equipe com 3 nutricionistas e 1 técnica de nutrição sempre para
preparar os alimentos. “A qualidade que eles falam podem ser visual e não na
qualidade nutritiva”, pontua.
PROBLEMAS NO TRANSPORTE
A presidente Graça Carriconde observou que o transporte
sempre tem sido feito de maneira irresponsável, pois se faz frio ou chove, os
trabalhadores sofrem as consequências dentro do veículo. “Temos que ter um
olhar mais crítico. Tem situação que não podemos deixar mais como está porque
interfere diretamente na qualidade laboral do empregado”, afirma.
Em relação as questões que já foram levados ao conhecimento da
empresa, Rone Nunes garantiu ao sindicato que realmente houve um caso de
funcionário que funcionários que ficaram para trás no terminal. “Sei que a responsabilidade
é da empresa, mas os trabalhadores têm que ficarem mais esperto. Nesse dia, 98%
dos funcionários embarcaram no veículo ficando apenas dois sem transporte”,
observa o funcionário revelando que estão estudando a possibilidade de incluir
na frota 3 ônibus grandes e 3 micro-ônibus.
Para não acontecer novamente esse problema, a presidente
sugeriu que assim que terminar o expediente, os funcionários deixem o restante
do serviço para terminar no outro dia, pois o veículo também tem hora para
partida. O vice-presidente Edimilson Rocha lembrou que na era tecnológica tudo
está muito prático e poderiam envia um áudio para ninguém alegar que não foi
informado do momento da partida do transporte.
AVALIAÇÃO
Tanto para a diretoria do Stiquifar quanto para a Mosaic
Fertilizantes a reunião foi bastante positiva, pois conseguiram discutir pontos
fundamentais para garantir melhores condições de trabalho e satisfação aos
empregados. “Vamos incentivar os nossos associados a participar da pesquisa de
satisfação para ajudar o restaurante a realizar as adequações que forem
necessárias para melhor atendê-los”, afirma.
Já o diretor de Relações Trabalhista e Sindical da Mosaic,
João Paulo Fulgêncio ressaltou que temos que incentivar os trabalhadores a
participar mais dos canais de comunicação disponíveis na empresa. “Como
gestores temos que mostrar que eles [funcionários] fazem parte da empresa. Eles têm que participar mais dos nossos canais
de comunicação, pois contamos com suas sugestões e reclamações para aprimorar a
gestão na nossa empresa”, finaliza
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