Ao longo desta semana, o rádio Itatiaia veiculou
uma série de reportagens para tratar dos seis meses da tragédia em Brumadinho,
Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Desta vez, a reportagem dá voz à
mineradora Vale, empresa dona da mina Córrego do Feijão, local onde estava a
barragem B1 que rompeu em 25 de janeiro e deixou até o momento 248 mortos – 22
corpos ainda não foram localizados.
Em abril, três meses após a
tragédia, a Vale criou uma diretoria exclusiva para o assunto. O engenheiro
químico Marcelo Klein foi nomeado diretor de reparação e desenvolvimento.
As perguntas sobre a tragédia são
muitas. Quem foram os culpados? Houve negligência? O rompimento era evitável?
“Estamos aguardando os diversos processos de investigação. Temos um comitê
independente de apuração, um painel de especialistas. Nossa expectativa é que
entre setembro e outubro tenhamos as respostas”, diz.
O diretor esteve à frente do
acordo firmado judicialmente com o Ministério Público, em que a Vale iniciou
pagamentos mensais de auxílio emergencial para todos os moradores de
Brumadinho. Com duração de um ano, o valor é de um salário mínimo para adultos,
50% do salário para adolescentes e 25% para crianças.
Também foram contempladas
famílias de municípios entre Brumadinho e Pompéu que moram até um quilômetro da
margem do Rio Paraopeba, afetado com a lama de rejeitos. “Foi uma preocupação nossa desde
o início criar uma composição que suportasse os atingidos de uma maneira mais
rápida”, destaca Klein.
Falta de água
A Itatiaia tem
informações de que, internamente, o governo de Minas trabalha com o cenário de
uma possível escassez hídrica.
A Justiça obrigou a Vale a
construir uma captação no Rio Paraopeba até setembro de 2020, em um ponto que
não foi afetado pelos rejeitos da mineração. Porém, alguns especialistas alertam
que, se as chuvas forem escassas, pode faltar água a partir de meados de
março.
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