O Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta terça-feira que a produção
industrial teve recuo de 0,2% em maio sobre o mês anterior, eliminando parte do
ganho de 0,3% registrado em abril.
O resultado foi melhor do que a
queda de 0,4% esperada em pesquisa da Reuters, mas ainda assim representou o
terceiro recuo mensal no ano.
— A perda de força da indústria
em 2019 tem a ver com a demanda doméstica, com 13 milhões de desempregados,
perdas nas exportações em especial para Argentina, perda de confiança de
empresários e consumidores. Ora sobe e ora desce por conta desse dinamismo
menor — explicou o gerente da pesquisa, André Macedo.
Perdas
Na comparação com o mesmo período
do ano anterior, houve alta de 7,1%, patamar mais elevado desde abril de 2018
(+9,2%) e acima da expectativa de 6,5%, mas um resultado que reflete uma base
baixa anterior com a greve dos caminhoneiros em maio do ano passado.
Entre as categorias, houve queda
de 1,8% nos Bens de Consumo, com avanços em Bens Intermediários (1,3%) e Bens
de Capital (0,5%).A principal influência negativa
entre os 26 ramos pesquisados foi exercida por veículos automotores, reboques e
carrocerias, cuja produção recuou 2,4%, devolvendo parte do avanço de 6,4% de
abril.
Crescimento
Também apresentaram perdas
bebidas (-3,5%), couro, artigos para viagem e calçados (-7,1%), outros produtos
químicos (-2,0%), produtos de metal (-2,3%), produtos de minerais não-metálicos
(-2,1%) e produtos diversos (-5,8%).
A economia brasileira vem
encontrando dificuldades em imprimir um ritmo mais consistente, com as
projeções para aumento do Produto Interno Bruto (PIB) sofrendo sucessivos
cortes. A pesquisa Focus do Banco Central mais recente mostra que a expectativa
é de um crescimento econômico de 0,85% em 2019, com a indústria expandindo
0,71%.
fonte: Reuters
0 comentários:
Postar um comentário