CPI das Barragens: vereadores de BH ouvem técnicos da Vale e gerente da empresa


A gerente executiva de Meio Ambiente da Vale, Cleuza Josué, e técnicos da mineradora foram ouvidos, nesta terça-feira (30), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Barragens, na Câmara Municipal de Belo Horizonte.

Perguntas técnicas não foram respondidas e os funcionários focaram na apresentação do projeto do novo sistema de captação de água do Rio Paraopeba. A operação está suspensa desde janeiro, por causa do rompimento da barragem em Brumadinho. Eles apresentaram aos vereadores o projeto do novo sistema de captação de água do Rio Paraopeba, que deve ser entregue até setembro do ano que vem.

Os funcionários também falaram da construção de uma estrutura que vai proteger a captação de água no sistema Rio das Velhas, que pode ser prejudicado em um eventual rompimento de barragens da região.

Os dois sistemas são responsáveis pela maior parte do abastecimento da capital mineira e da Região Metropolitana, por isso, a vereadora Bella Gonçalves (Psol) questionou a eficácia das obras anunciadas pela empresa.

Alguns vereadores queriam saber o que a Vale fez nos últimos seis meses para que moradores da região metropolitana não fiquem sem água e não ficaram satisfeitos com as repostas.

Na semana passada, integrantes da CPI das Barragens apresentaram uma carta aberta às cidades da região metropolitana. O texto diz que - se nada for feito - a capacidade normal de abastecimento de água nesses locais estará assegurada apenas até março do ano que vem.

Era para ser a última reunião da CPI, mas na próxima segunda-feira o secretário de Obras do governo de Minas vai ser ouvido. Depois, os vereadores vão encaminhar um relatório ao Poder Executivo estadual e municipal, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do estado. Ele deve ficar pronto até o dia 20 de agosto.

A Vale afirma que, desde o rompimento da barragem, tem apresentado todos os documentos e informações solicitadas pela investigação.Sobre as obras no Rio Paraopeba, a mineradora diz que vem mantendo reuniões periódicas com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), visando buscar alternativas para um eventual cenário de crise hídrica, e que trabalha para concluir o trabalho no menor prazo possível.

Ainda segundo a mineradora, o novo sistema de captação está sendo construído fora da mancha de inundação de barragens da empresa.

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