Vale contratou serviço de José Dirceu em 2006, diz jornal


Para a direção do STIQUIFAR  tal notícia só demonstra ainda mais o nível de desperdício de recursos que vem ocorrendo na gestão da Vale nos últimos tempos, o Sindicato vem denunciando tal descaso constantemente. Lutamos para que isso seja modificado em favor dos trabalhadores.
Se a Vale tem dinheiro suficiente para que o ex Ministro José Dirceu atue a seu favor junto a outros países na conquistas de  novos negócios ( isso deve ter custado alguns milhares de reais), por que agora não tem recursos suficientes para manter o auxílio educação de seus trabalhadores em Uberaba? Uma conquista da categoria! Ou por que não oferece uma alimentação minimamente digna para os operários de Araxá? Sem falar no desrespeito quanto a jornada de trabalho dos trabalhadores de lá! Cadê o dinheiro? Isso tudo se resume em má gestão e ineficiência que prejudica somente seus trabalhadores. O STIQUIFAR não aceita tais desmandos e lutará em todas as instâncias para que os direitos e conquistas dos trabalhadores sejam mantidos! Acompanhe a matéria abaixo:

Fonte: Folha de S. Paulo

A JD Assessoria e Consultoria, empresa do ex-ministro José Dirceu, faturou R$ 39,1 milhões entre 2006 e 2013, quase R$ 10 milhões a mais que os R$ 29,3 milhões discriminados na quebra de sigilo entregue aos procuradores da Operação Lava Jato.
Parte da diferença veio de pagamentos de clientes estrangeiros, não listados no relatório da Receita Federal.
A assessoria de Dirceu confirmou ter recebido dos bilionários mexicanos Carlos Slim e Ricardo Salinas, do empresário de comunicação venezuelano Gustavo Cisneros e da espanhola Telefónica.
As receitas foram declaradas no imposto de renda, mas os nomes das fontes pagadoras estrangeiras não estão discriminados porque o dinheiro chegou às contas da JD por meio de contratos de câmbio. Nesta modalidade, o contribuinte declara os valores recebidos, mas não os dados de quem fez os pagamentos.
A origem do dinheiro fica registrada no Banco do Brasil, onde as operações foram realizadas, e no Banco Central. Só é preciso discriminar ao fisco quem fez os pagamentos se cair na malha fina.
Dirceu entrou no radar da Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção na Petrobras, depois que a investigação detectou que sua empresa recebeu R$ 10 milhões de empreiteiras suspeitas de formar cartel para superfaturar obras da estatal.
O petista abriu sua consultoria em 2006, depois de ter o mandato de deputado cassado sob a acusação de comandar o mensalão.
Um de seus primeiros clientes foi o mexicano Carlos Slim. Os pagamentos à JD foram feitos através da Teléfonos de México, mas a natureza específica dos serviços prestados não é divulgada.
Outro bilionário mexicano, Ricardo Salinas, fez pagamentos à JD por meio da Elektra Del Milenio, a maior rede de varejo do México. Na época em que contratou o ex-ministro, o grupo de Salinas preparava a expansão para o Brasil das operações do Banco Azteca, uma instituição financeira voltada a clientes de baixa renda. O banco abriu sua sede no Recife em 2008.
Com uma fortuna de US$ 3,6 bilhões, o venezuelano Gustavo Cisneros se valeu da influência de Dirceu para se aproximar do então presidente Hugo Chávez durante o processo de renovação da concessão da Venevisión, maior canal de televisão privado do país, controlado pelo empresário. O pagamento de Cisneros à JD foi feito pela Smallwood Development.
Na quebra do sigilo da empresa de Dirceu, não há registro de pagamentos de ao menos dois grandes grupos brasileiros para quem ele teria prestado serviços.
A Vale usou as conexões políticas do ex-ministro para prospectar oportunidades de investimentos no exterior, segundo a Folha apurou.
Em 2006, Dirceu levou diretores da Vale para se encontrar com Hugo Chávez, em Caracas, e para uma audiência privada com o ditador Fidel Castro, em Havana. Em Cuba, a Vale discutia a exploração de uma mina de níquel, mas o negócio não foi adiante.
Dirceu também assessorou Eike Batista na Bolívia. O ex-ministro esteve com membros do governo Evo Morales para falar da EBX pouco antes do anúncio da nacionalização da exploração dos hidrocarbonetos na Bolívia.
A EBX, que construía siderúrgica em Puerto Quijarro, acabou deixando o país.

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