Vale Fertilizantes: uma empresa de portões abertos. Literalmente!

Cães farejadores, detectores de metais, revistas, desconfiança.
Arsenal pesado para detectar roubos, armas e drogas para dar a impressão de que o ambiente é seguro e protegido.
Essas são as armas que a Vale encontrou para serem utilizadas pela Segurança Patrimonial no Complexo Industrial de Uberaba.
À partir da adoção dessas ferramentas é que de fato pudemos descobrir que, por exemplo, do dia 27 de julho passado até o dia 03 de agosto, nada disso funciona e que a utilização delas serve somente para criar um clima de repressão e vigilância.
Somente nesse período, sem contar os inúmeros casos anteriores já bastante divulgados, foram roubados, principalmente de empreiteiras que atuam dentro da fábrica, 4 steps de carreta, um tacógrafo, um aparelho de som na U-430, diversas máquinas de solda e a bicicleta do engenheiro do Bicálcico, 400 metros de cabos de solda, 2 baterias de caminhão e 200 litros de óleo diesel.
Tudo isso em uma semana apenas!
Tudo isso, um risco calculado!
Trabalhadores tem questionado a insegurança que ronda o CIU e apontam alguns fatores que tem contribuído para a piora da situação:
Redução do quadro de vigilantes que ainda são obrigados a confeccionarem inúmeras planilhas em um trabalho burocrático que é a menina dos olhos da Vale, fechamento de alguns postos de vigilância como portaria ferroviária, captação de água e torre de observação, instalação precária de câmeras, etc.
Fica óbvio que, na quantidade e no tamanho dos itens roubados, jamais eles poderiam ser subtraídos dentro de mochilas, escondidos em armários ou até mesmo dentro das roupas dos trabalhadores, o buraco é mais embaixo e a sensação de insegurança aumenta a cada dia.

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